Para Teresa Perdigão, a maior parte dos doces certificados dos Açores já são comercializados nas grandes cidades no continente e têm cada vez maior procura por parte dos turistas, por isso é pouco provável que deixem de ser produzidos, mas há outras receitas em risco de se perderem no arquipélago.
A antropóloga, que visitou todas as ilhas dos Açores durante a pesquisa para o livro encomendado pelo CRAA, pretende editar um segundo volume sobre outros doces não certificados, como o regelo, um rebuçado colorido da ilha do Corvo, ou o arrelique, um bolo da ilha das Flores, originalmente feito pela festa de São Pedro. "Espero que isso contribua para que a comunidade se aperceba de que tem riqueza própria e de que essa riqueza pode ser preservada e divulgada", conclui.