O Opel Corsa de 2007 teve uma renovação em 2010 que incidiu mais na mecânica. Agora recebeu uma modificação estética, principalmente na dianteira e o seu visual passou a estar em linha com o Insignia. Para além disso, a versão 1.3 CDTI ecoFLEX tornou-se ainda mais económica (médias de consumo de 3,6 l/100 km e de 95 g/km de CO2), com a introdução de um sistema Start/Stop de paragem e arranque automático do motor, que beneficiou ainda de alterações na gestão electrónica.
A Fugas conduziu este Corsa 1.3 CDTI ecoFLEX e pôde até comparar o seu funcionamento com e sem sistema Start/Stop. É que, no primeiro carro disponibilizado, o Start/Stop deixou de funcionar após o primeiro dia. Tendo a Opel procedido à sua imediata substituição por outra unidade, foi possível verificar a diferença em consumos num percurso idêntico, com bastante condução em cidade e alguns engarrafamentos, mesmo em auto-estrada: sem Start/Stop, a média foi de cerca de 5,5 l/100 km; com Start/Stop, baixou para 5,2 l/100 km.
Uma coisa é o consumo anunciado pelas marcas, outra é o que se obtém na condução no dia-a-dia. Embora esta versão ecoFLEX não tenha de série computador de bordo (incluído no pack Tecnologia que, por 380 euros, oferece ainda o programador de velocidade), não sendo possível verificar o consumo instantâneo, parece ser viável obter médias a rondar os 4,0 l/100 km com mais cuidado sobre o acelerador. O problema principal deste modelo é o investimento inicial: 18.700 euros, sem extras. Isto é, feitas as contas, é preciso percorrer muitos quilómetros anualmente para poupar em combustível a diferença de preço entre este carro e um a gasolina de potência equivalente.
Para as melhorias no consumo, para além do já referido, contribuíram ainda o rebaixamento do chassis em 20 mm, melhorias do fluxo ar no compartimento do motor, relações de transmissão mais longas e jantes com desenho mais aerodinâmico. Na prática, os 95cv do motor 1.3 CDTI estão lá quando são precisos, em especial acima das 1750 rotações. A condução é suave e em auto-estrada, mesmo com alguma inclinação, quase que não é preciso mexer nas mudanças. E para ajudar há ainda um indicador (seta) luminoso no visor que aconselha à mudança se necessário.
O comportamento em curva é bom e o carro é estável, embora esta versão não disponha de série de programa de controlo de estabilidade (ESP), uma opção que se recomenda e que custa 525 euros. Em contrapartida, tão ao gosto dos portugueses, tem umas bonitas jantes em liga leve de 15 polegadas...
Em cidade, o economizador sistema Start/Stop tem um funcionamento silencioso e instantâneo: nos semáforos ou engarrafamentos, em ponto morto e pé no travão, o motor pára instantaneamente e o ponteiro do conta-rotações desce para a posição Auto-Stop. Basta colocar o pé na embraiagem para o motor se ligar suavemente.
Ainda em termos de equipamento, realce para o já existente sistema de iluminação adaptativa AFL (Adaptative Front Light), que é proposto em opção por 400 euros. Quanto a novidades, para toda a gama é proposto, por 695 euros, um novo sistema de informação e entretenimento Touch & Connect, com ecrã táctil de 5 polegadas, sistema de navegação para 28 países e conexões Bluetooth, iPOD e USB.
No que se refere ao visual, a secção dianteira foi redesenhada (a traseira não sofreu alterações) com novas ópticas com formato similar às dos Astra e Meriva, que passam a incluir luzes de dia e a nova grelha frontal é similar à do Astra. Há ainda novas cores e o interior recebe nova decoração e acabamentos, que parecem ser cuidados embora os plásticos utilizados continuem a ser rijos.
FICHA TÉCNICA
Mecânica
Motor 4 cil. em linha, 16v, 1248cc, gasóleo
Potência 95cv às 4000 rpm
Binário 190 Nm às 1750-3250 rpm
Tracção: dianteira
Caixa: manual de 5 velocidades
Veloc. máxima 177 km/h
Aceleração 0/100 km/h 12,3s
Consumo médio 3,6 l/100 km
Emissões de CO2 95 g/km
Preço 18.700 euros
* Dados do construtor