Fugas - Motores

O Auris a gasóleo mais acessível

Por João Palma

Embora a versão híbrida gasolina/eléctrica do Auris tenha vindo a ganhar terreno, a motorização 1.4 de 90cv a gasóleo ainda é a mais vendida em Portugal. A Fugas conduziu o Auris 1.4 D-4D com o nível de equipamento de entrada.

Em equipa que ganha não se mexe (ou mexe-se pouco): o propulsor 1.4 D-4D foi introduzido na Europa em 2002, estreando-se no Yaris. Foi o primeiro motor diesel da Toyota com um bloco de cilindros de alumínio, para reduzir consumos, emissões, peso e ruído, tendo sofrido várias modificações para lhe aperfeiçoar o desempenho. E com médias de consumos de 3,8 l/100km e de 99 g/km de emissões CO2 na versão de 90cv que equipa a segunda geração do Auris (valores segundo a Toyota) ainda se mantém actual!

O Toyota Auris, que vai agora na segunda geração e é o segundo modelo mais vendido da marca japonesa, apenas superado pelo Yaris, nasceu em 2007 para substituir o histórico Toyota Corolla e foi renovado em 2010, coincidindo com essa renovação o lançamento de uma versão híbrida pura gasolina/eléctrica, o primeiro veículo desse tipo no segmento C. Com este tipo de propulsão, que se iniciou no Prius, a Toyota dispõe actualmente de cinco modelos, entre utilitários e familiares pequeno e médios e, desde o lançamento do Prius, há 15 anos, já vendeu 4,3 milhões de híbridos em todo o mundo — com um milhão em 2012, a tendência é para crescer. Em Portugal, hoje em dia, embora no caso do Auris as motorizações a gasóleo sejam de longe as mais vendidas, os híbridos já ocupam a segunda posição, superando os Auris apenas a gasolina e tendo uma fatia cada vez maior no conjunto das unidades comercializadas.

No entanto, o gasóleo continua a ser o rei e a Fugas teve oportunidade de conduzir o novo Auris com o motor 1.4 D-4D de 90cv, que equipa a esmagadora maioria dos Auris comercializados, com o nível de equipamento de entrada, Active. Este nível de equipamento não vai ser, previsivelmente, o preferido — a marca aposta no nível intermédio, Comfort, que custa 24.000€ e que no lançamento beneficia da oferta do pack Sport. Curiosamente, só no nível Active é que a motorização 1.4 D-4D dispõe de sistema Start & Stop, de paragem e arranque automáticos do motor. Por isso, no nível Comfort, a média de consumos e emissões sobe de, respectivamente, 3,8 l/100km e 99 g/km de CO2 para 4,2 l/100km e 109 g/km de CO2.

Em termos de segurança, o equipamento é comum a todos os níveis e é bastante completo — a Toyota espera que o novo Auris obtenha o máximo de 5 estrelas nos testes de segurança do Euro NCAP, de acordo com os novos e mais rigorosos parâmetros de avaliação. Já no que se refere ao conforto e vida a bordo, o nível Active é bastante espartano e a Toyota aponta as frotas como clientes preferenciais do Auris Active.

Com efeito, o nível Active oferece pouco mais que jantes de ferro de 15’’, luzes diurnas em LED, retrovisores eléctricos aquecidos, um rádio/CD MP3 com entrada Aux e USB e comandos áudio no volante e, em opção, ar condicionado. Se se quiser jantes de liga leve de 16’’ ou 17’’, faróis de nevoeiro, ar condicionado, o sistema de info-entretenimento Toyota Touch, que inclui computador de bordo e câmara de visão traseira, vidros traseiros escurecidos, bancos e acabamentos desportivos, há que optar pelo nível Comfort com o pack Sport (oferta de lançamento).

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