O mais surpreendente é que também fora de estrada se mantém esta sensação de conforto e suavidade quando se trata de superar os mais desafiantes obstáculos. Não há pancadas nem saltos bruscos, mesmo em circunstâncias que parecem desafiar as leis da gravidade.
O mesmo comportamento aristocrático em estrada, com tracção integral permanente e uma suspensão preparada para absorver todas as asperezas e suavizar o efeito das curvas graças ao trabalho da electrónica.
Um compromisso entre segurança e conforto — que alguns tenderão a catalogar como adorno — que se traduz em permanente suavidade. O mesmo se diga em relação à resposta da caixa automática, que os mais impetuosos tenderão a classificar de lenta nas relações mais baixas, mas que parece resultar antes desse objectivo de suavidade, evitando todo o tipo de solavancos ou mudanças bruscas.
Para os amantes das emoções fortes, resta sempre a opção pelo modelo de condução desportiva, ajustando as ajudas electrónicas ou modelo de suspensão e comando manual das relações de caixa com patilhas no volante.
Beleza é fundamental
Numa mudança radical em todos os aspectos, a que primeiro se destaca nesta quarta geração do Range Rover é o equilíbrio e elegância estética. À qualidade e evidente bom gosto dos materiais utilizados, junta-se a suavização de linhas a deixar a sensação de maior leveza e equilíbrio. O maior efeito será mesmo o de “esconder” as proporções gigantescas que este carro continua a ter. É claro que não é o mais importante, mas beleza continua a ser fundamental.
Yes sir!
Num carro que oferece quase tudo e com pose claramente aristocrática, é também possível optar por um sistema de condução que funciona como mordomo para todo o serviço. Uma espécie de yes sir electrónico que se encarrega de gerir todas as ajudas electrónicas em função das circunstâncias e das condições do piso. Basta colocar o pistão selector na posição “auto” e até o condutor menos preparado está pronto para enfrentar as situações mais complicadas. As únicas opções passam pelo controlo do volante e a dosagem do acelerador. Tudo o resto é com o Range.
Há que trepar
Com uma tão larga competência para enfrentar terrenos adversos e superar obstáculos, é claro que nem tudo podiam ser facilidades. Um dos maiores óbices está na dificuldade de acesso face à altura do solo, que obriga literalmente a trepar para o interior. Coisa que nem sempre se afigura fácil, sobretudo tratando-se de pessoas mais idosas. Para compensar, a suspensão está dotada de um sistema de rebaixamento electrónico que ajuda um pouco. Mas nem mesmo assim continua a deixar de ser preciso trepar.
Condutor não vê
Entre o vasto e luxuoso equipamento de série, o Range Rover inclui um sistema de televisão que se pode sintonizar através do écran multifunções... mas que se torna invisível para o condutor. Quer isto dizer que quando é colocado um DVD ou se sintoniza um canal de TV (apenas os que são emitidos em sinal aberto), o condutor continua a visualizar a função que tinha antes seleccionada, isto enquanto todo o écran oferece aos restantes passageiros a visão do programa escolhido.