Fugas - Motores

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Um 'hatchback' disfarçado de SUV

Este modelo é recente, pelo que ainda não há resultados dos testes de segurança efectuados pelo Euro NCAP, mas à primeira vista, parece estar bem equipado nesta vertente. Um benefício importante é o facto de a Peugeot Portugal oferecer no 2008 um serviço gratuito de manutenção programada durante quatro anos ou 80.000km.

 

PORMENORES

Bonito mas não muito funcional
O pequeno crossover da Peugeot respira elegância e bom gosto, tanto por fora como por dentro. No entanto, os fabricantes de automóveis preocupam-se por vezes mais com a estética do que com a funcionalidade. No caso do Peugeot 2008, apesar de o volante não ser grande e ser agradável de manusear, em certas posições de regulação deste e dos bancos, o aro tapa quase por completo os visores do conta-rotações, do velocímetro e do odómetro, dificultando a sua consulta.

Não é um SUV, mas...
O Peugeot 2008, tal como modelos similares, tem uma configuração que sugere a possibilidade de aventuras fora de estrada, mas no fundo é pouco mais que um hatchback com maior altura ao solo e uma posição mais alta de condução. Porém, vem equipado com um dispositivo que o diferencia de crossovers similares. O Grip Control, regulável por um botão situado atrás da alavanca de velocidades e com cinco modos - Normal, Neve, Lama, Areia e ESP Off -, aumenta-lhe a capacidade de circular em pisos com baixa aderência.

Para acabar de vez com os argumentos de certas marcas
Para poupar uns tostões, generalizou-se a moda de substituir o pneu sobresselente pelo chamado kit de reparação de pneus, que, quando usado, danifica irremediavelmente o pneu (para gáudio dos fabricantes de pneus), requer a compra de uma nova carga e só serve para pequenos furos (há vários episódios de se ter que chamar um reboque, em caso de danos maiores). As marcas argumentam que é para poupar peso (com redução de consumos) e aumentar a capacidade da mala (apesar de muitas vezes o kit estar alojado no espaço do pneu). O 2008 é a prova real da falsidade dessas alegações: tem uma mala razoável, é parco nos consumos (em especial com motores diesel) e uma roda sobresselente de emergência que nunca o deixará apeado numa qualquer estrada deserta, numa noite chuvosa de Inverno.

Já merecia mais...
O veículo que nos disponibilizaram trazia a variante menos potente da motorização a gasóleo 1.6 e-HDi, com 92cv. Com o mesmo bloco, há uma versão com 115cv, que custa mais 800€, mas tem melhores performances, consumos idênticos e uma caixa manual de seis velocidades em vez da de cinco relações que equipa a variante testada. Uma, parece-nos, incompreensível diferença. Será que o construtor tem muitas caixas de cinco velocidades em stock e precisa de escoá-las? A verdade é que esta motorização com 92cv já merecia uma caixa de seis velocidades e, em especial em auto-estrada, sente-se a sua necessidade.

BARÓMETRO
+ Materiais, acabamentos e nível de equipamento, consumos, roda sobresselente de emergência
- Visão deficiente dos visores atrás do volante, pouca aptidão para pisos irregulares

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