É uma renovação profunda da gama de motores e transmissões da Opel, que abrange, nos próximos três anos, 80% da actual linha de propulsores. Quanto a transmissões, o uso da caixa manual de seis velocidades estreada no Cascada estende-se, numa primeira fase, ao Astra e ao Zafira. Outra caixa manual também de seis para modelos pequenos e subcompactos, uma caixa manual robotizada de cinco velocidades e, mais tarde, uma caixa automática de oito relações, para substituir a actual de seis, completam o leque.
Da nova vaga de propulsores, a vanguarda é composta por dois 1.6, um a gasolina e outro a gasóleo. O primeiro a ser lançado,no Cascada em conjunto com a nova caixa manual de seis velocidades, 1.6 SIDI (Spark Ignition Direct Injection) com injecção directa a gasolinana variante de 170cv e 260 Nm (280 Nm com overboost), irá progressivamente ser introduzido em outros modelos da Opel, a começar pelo Astra nas suas três carroçarias (3, 5 portas e carrinha), para o qual já se aceitam encomendas e que será lançado em Outubro, com preços na versão cinco portas a partir dos 27.000€. O mesmo motor também terá mais tarde uma versão Performance Turbo, com 200cv e um binário de 300 Nm.
O outro propulsor, com os mesmos 1598cc de cilindrada mas a gasóleo, com 136cv e 320 Nm de binário, será estreado no Zafira Tourer em Outubro, mas também já se aceitam encomendas para esta motorização. Tanto o Astra 1.6 SIDI como o Zafira Tourer 1.6 CDTI vêm equipados com a nova caixa manual de seis velocidades. No que se refere ao 1.6 SIDI de 170cv, a Fugas já o experimentou no Cascada e constatou que é potente, mas suave e silencioso, com resposta rápida mesmo a baixas rotações, associado à bem escalonada caixa manual de seis velocidades, embora os consumos verificados fossem bastante superiores aos anunciados pela marca. Sendo o Astra um veículo menos pesado é possível que os consumos reais sejam mais baixos neste modelo que no Cascada.
Já no caso do propulsor a gasóleo 1.6 CDTI de 136cv, que vai aumentar a oferta já existente em Portugal de motorizações para o Zafira Tourer, este insere-se na nova geração de motores diesel e irá progressivamente substituir o já datado bloco 1.7 a gasóleo bem como as versões menos potentes do motor 2.0 diesel. Este bloco, construído em alumínio, é 20kg mais leve que o bloco 1.7 (com influência positiva nos consumos e emissões) e já respeita as normas Euro VI (tal como o 1.6 SIDI a gasolina). Com um funcionamento muito silencioso e suave, tem boa resposta mesmo a baixas rotações, distinguindo-se pela ausência de ruídos e vibrações, bem como pela economia nos consumos e emissões. Para o Zafira Tourer, a Opel anuncia médias de 4,1 l/100km e 109 g/km de CO2, o que, dado este monovolume ter 1728kg de peso e uma lotação de sete lugares, constitui uma referência no segmento.
A estes motores de média cilindrada, cuja utilização irá abranger os modelos médios e compactos da Opel, virão somar-se novos motores de baixa cilindrada: numa primeira fase, no primeiro trimestre de 2014, um propulsor 1.0 tricilíndrico turbo a gasolina. Mais tarde, novos motores a gasolina 1.2 e 1.4. Todos eles destinam-se a substituir a actual gama de propulsores para citadinos e utilitários da marca alemã.
