Novas normas de emissões de gases e partículas favorecem as motorizações a gasolina, em detrimento das a diesel. Híbridos tentam combinar o melhor de ambas.
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A versão carrinha do Auris, que já está à venda, abrange quase todos os gostos no que toca a motorizações: gasolina, gasóleo e híbrida gasolina/eléctrica — para a oferta ser completa só falta o GPL, mas essa é uma área que a Toyota não explora. Face ao hatchback (lançado no final de 2012) de que deriva, a carrinha é 28,5cm mais comprida, beneficiando a mala, que, com 530 litros (1658 litros com os bancos traseiros rebatidos), é das maiores no segmento dos pequenos familiares.
O grande trunfo da Auris Touring Sports, a primeira carrinha deste modelo do segmento C, é a propulsão híbrida gasolina/eléctrica (única no segmento dos pequenos familiares), campo em que a Toyota é líder, com seis modelos na Europa e 14 em todo o mundo. Isto sem contar com a Lexus, a marca premium do grupo, que eleva o total para 23 veículos.
À primeira vista, a Auris Touring Sports HSD (híbrida) parte atrás das outras motorizações e isso reflecte-se nas vendas. As versões a gasolina custam menos (a partir de 19.360€) e a gasóleo, que representam o grosso das vendas, com o mesmo nível de equipamento (Comfort) o preço é inferior em 1400€ (25.450€ para 26.875€). Verdade que o diesel é mais barato que a gasolina, mas a Auris híbrida, com consumos inferiores, quase se equipara ao diesel em termos de custos com combustível. Nas revisões e na manutenção, o híbrido leva vantagem. Além disso, a caixa automática de variação contínua do híbrido torna a condução mais confortável, em especial em cidade, onde o híbrido consome menos — 3,7 l/100km para 5,1 l/100km no diesel — a isso se devendo o facto de por vezes trabalhar em modo 100% eléctrico (a gestão é feita automaticamente). Depois, há o menor ruído de funcionamento, sendo o arranque em modo eléctrico. Por fim, estamos a comparar potências de 90cv e de 99cv com os 136cv e as performances superiores do híbrido. E com o crescente aperto da legislação europeia no que toca à emissão de gases e partículas, o híbrido gasolina/eléctrico, menos poluente, ganha face aos outros tipos de propulsão.
Quanto ao espaço para ocupantes e bagagem ele é idêntico, devido à colocação das baterias da versão híbrida sob os bancos traseiros. No que se refere ao equipamento, nas versões a diesel e a gasolina há três níveis, Active, Comfort e Exclusive, quase iguais aos do hatchback, tendo a mais barras longitudinais no tejadilho e rede separadora de carga na bagageira. Já a Auris Touring Sports HSD só tem dois níveis, Comfort e Exclusive, com diferenças face aos do diesel e da gasolina, como a já referida caixa CVT.
Nos testes de segurança do Euro NCAP efectuados em 2013 (já pelos novos parâmetros), o Auris obteve o máximo de 5 estrelas com 92% na protecção dos ocupantes, 84% nas crianças, 68% nos peões e 66% nos dispositivos auxiliares de segurança. No lançamento, a 1.4 D-4D no nível Comfort (25.450€) beneficia da oferta do pack Sport (jantes de 17’’, vidros escurecidos e acabamentos desportivos). Tanto o hatchback como a carrinha incluem contrato de manutenção por 3 anos ou 45.000km.
Entretanto, a Toyota está a trabalhar no aperfeiçoamento dos sistemas híbridos, tanto no motor de combustão (incremento de 10% na eficiência térmica), como no motor eléctrico e no gerador (mais leves e mais potentes) que já se irão reflectir na próxima geração do Prius Plug-In, que começará a ser testada em 2014. Quanto às baterias, para além do aperfeiçoamento das baterias de hidretos metálicos e de iões de lítio, está a desenvolver novas baterias sólidas e de ar-lítio, bem como a utilização de materiais como o magnésio. Para 2015 está prevista a comercialização de um Toyota híbrido com pilha de combustível a hidrogénio.