Nos interiores, no caso do modelo conduzido pela Fugas com o nível de equipamento superior, Excellence, a marca aposta na qualidade dos materiais, embora aqui e ali ainda se tropece num plástico mais duro do que seria de esperar tendo em conta a sensação de conforto geral. Também nota dominante é a sobriedade que, se por um lado, é muito agradável tornando o tempo passado no carro pouco cansativo, por outro, desaponta ao contrastar tanto com as vistosas linhas exteriores. Alegra, porém, a posição de condução, uma vez que as colocações do assento, do volante e da caixa foram bem pensadas do ponto de vista de quem os usa. A lamentar apenas a opção de incluir tantos botõezinhos no volante (embora bem arrumados). A organização, aliás, é um traço que sobressai quando se observa painel e consola, que voltam a estar direccionados para o condutor.
Ao nível da segurança, além de ter sido adoptada uma estrutura de absorção de impactos rígida e de terem sido incluídos, de série, airbags frontais, laterais e de cortina, o Mazda6 conduzido incluía assistente de faixa de rodagem, Smart City Break, Cruise Control ou sistema de aviso dos automóveis em ângulo morto. Por isso, não é de espantar que nos exigentes testes Euro NCAP deste ano tenha conseguido as cinco estrelas: 92% na protecção dos ocupantes, 77% nas crianças, 66% nos peões e 81% nos dispositivos auxiliares.
Para o condutor
Foi um dos porta-estandartes da Mazda quando apresentou há um ano o CX-5 que estreou a dita filosofia Jinba Ittai, i.e., tornar condutor e carro um só como se fossem cavaleiro e cavalo. E quando nos sentamos aos comandos do Mazda6 percebe-se que não é só conversa de marketing. Está tudo pensado para proporcionar uma posição de condução exemplar e mesmo os botões que se espraiam pelo volante, pelo painel, pela consola ou pela porta foram arrumados para que a sua utilização seja intuitiva – o que, ao fim de apenas dois dias, se verifica.
Seguro
Se há coisa que parece não ter sido relegada para segundo plano na concepção desta nova geração do Mazda6 é a segurança. Sobretudo no nível Excellence. É o caso do City Break Control, que monitoriza a distância do veículo que segue à frente e trava caso o embate esteja iminente, ou do aviso de mudança de faixa de rodagem quando o pisca não foi accionado (este último dispositivo pode ser aborrecido na cidade, mas em auto-estrada, por exemplo, revela-se muito útil). A iluminação também foi considerada como um elemento a ter em conta em prol da segurança, incluindo dois sistemas que evitam o encandeamento dos condutores que circulam em sentido contrário.
Espaçoso q.b.
Com 4870mm de comprimento, uma largura de 1840mm e uma distância entre eixos de 2830mm, o Mazda6 não se mostra nada forreta no que se refere a espaço. Seja à frente, no banco traseiro (com quase um metro de espaço para as pernas) ou na bagageira, a versão Sedan mostra-se capaz de albergar uma família de cinco e respectiva bagagem – algo que parece improvável quando olhado de fora. Quanto à mala, embora os 489 litros fiquem aquém de alguns dos principais rivais (a título de exemplo, o Passat Limousine oferece 565 litros), a entrada é larga, oferecendo facilidade na arrumação. Também as arestas planas ajudam a que todo o espaço seja (bem) aproveitado. Por tudo isto, é de estranhar que as portas ofereçam pouco mais que o espaço para uma garrafa.