Os mais de 5000km sem outras interrupções para além de mudanças de condutor, abastecimento e trocas de pneus (o desgaste em pista é mais de dez vezes superior ao de uma estrada normal) cumpridos por cada um dos carros, em termos de esforço mecânico, equivalem a cinco ou seis vezes mais num percurso efectuado em estrada. A média horária de 77 km/h, paragens incluídas (83 km/h sem paragens), realizada pelas cinco viaturas é a prova de que esta ultramaratona automobilística não foi propriamente um passeio.
Os números coligidos pela Cartrack são impressionantes. Da longa estatística, para além dos já mencionados, seleccionámos mais alguns referentes aos três dias desta mega-operação: 4310 litros de combustível consumidos, 27.774km no total, 24 pneus montados nos cinco veículos (Michelin Energy Saver + e Primacy 3, que, face à abrasividade extrema do piso, também é um bom atestado à fiabilidade e durabilidade dos pneus) e, noutro âmbito, 900 refeições, 1200 cafés e 2400 litros de água.
Resta dizer que a FUGAS conduziu o Renault Clio TCe de 90cv e, não obstante o facto de o carro ter como velocidade máxima 185 km/h, tentou portar-se bem. Prova disso é o tempo da volta mais rápida que não foi inferior a 2m45s. Mais: o rádio de comunicação bem estava ligado, mas a única indicação que recebemos foi a de fim de turno.