Os BMW M3 Sedan e M4 Coupé só se distinguem por um ser uma berlina de cinco portas e o outro um coupé de três, com a berlina a custar menos 5000€ que o (94.000€ e 99.000€, com caixa manual, respectivamente). A frente e a traseira são idênticas, diferindo na vista lateral, no volume da mala (480 litros contra 445 litros), no espaço interior e número de ocupantes (cinco pessoas no M3; quatro, no M4). O visual do coupé é mais desportivo, mas a mecânica, motor e desempenhos dos dois modelos, disponíveis em Junho, são iguais.
A apresentação internacional destas duas versões de um mesmo superdesportivo decorreu no Algarve e dividiu-se em duas partes: um percurso em auto-estrada e estradas do interior algarvio e alentejano e condução em pista no exigente circuito do Autódromo Internacional do Algarve. No que se refere ao programa da apresentação, só temos a lamentar não termos tido oportunidade de conduzir estes modelos num troço de auto-estrada alemã sem limite de velocidade, embora em sinuosas estradas de montanha tenhamos verificado a excelente estabilidade, bem como a resposta muito directa e imediata ao acelerador e ao volante, que possibilitam desempenhos que não se julgariam ao alcance de um condutor comum. Isto sem prejuízo do conforto que faz dos M3 e M4 excelentes estradistas.
Já em pista, embora tivéssemos sentido que o carro poderia dar muito mais do que aquilo que conseguimos extrair dele (e já foi bastante), só quando nos sentámos no lugar do pendura e fizemos um par de voltas ao circuito com o piloto português de F1 e DTM António Félix da Costa é que nos capacitámos de todas as potencialidades deste tesouro tecnológico criado pela M. E foi o próprio Félix da Costa a confessar-se surpreendido com o desempenho destes modelos: um superdesportivo vocacionado para a pista é normalmente muito desconfortável quando vai para a estrada; a um confortável estradista falta a estabilidade, a rigidez de suspensão e a resposta necessárias a um bom desempenho em pista. Pois bem, na opinião deste piloto profissional, a M conseguiu conciliar estas duas facetas opostas. Mas não se assuste quem não é piloto profissional. Qualquer condutor normal pode desfrutar do prazer de condução proporcionado por estes veículos: não há palavras para o descrever, é preciso sentarmo-nos atrás do volante. Por isso, é difícil ser-se imparcial e objectivo ao analisar as duas caras de uma mesma “bomba”.
Esta é a quinta geração do M3, no caso das carroçarias coupé e descapotável, adoptaram-se as designações M4 Coupé e M4 Cabrio. Com base no bloco de 2979cc de 6 cilindros em linha também usado no série 3 normal, a M criou um motor quase novo que substitui o anterior 4.0 V8, sendo 11cv mais potente e acelerando dos 0 aos 100 km/h em menos 0,5s. Pela primeira vez, o propulsor dos M3 e M4 não é atmosférico, sendo dotado de dois turbocompressores. A refrigeração do motor foi melhorada e este foi trabalhado em diversas vertentes para lhe aumentar a capacidade de resposta mesmo em subidas mais íngremes, onde não há perda de potência.
A direcção totalmente nova é eléctrica, com assistência variável dependendo dos modos de condução (Comfort, Sport e Sport+) e, ao contrário do habitual, com uma resposta mais directa, precisa e imediata que uma direcção electro-hidráulica. Com a caixa automática de dupla embraiagem e sete relações (+ 4050€), ambos os carros têm melhores performances e menores consumos e é possível seleccionar vários programas de funcionamento através do botão Drivelogic. Sendo (também) vocacionado para a pista, dispõe de Launch Control (arranque rápido desde parado), além de Smokey Burn Out (função que permite que as rodas patinem com o carro em movimento), Stability Clutch Control (correcção de sobreviragem) e Laptimer (tempo de volta).
A tracção é traseira, com o diferencial M de bloqueio electrónico e o eixo de transmissão reforçado com fibra de carbono em vez de metal. A fibra de carbono é igualmente usada numa peça em U que reforça o compartimento do motor e no tejadilho das duas viaturas. As ligações da carroçaria ao chassis também foram reforçadas para garantir maior estabilidade e rigidez. E até os pneus são especiais: Michelin Pilot Super Sport criados especificamente para estes carros, em dois conjuntos de medidas, 255/40 ZR18 95Y (frente) e 275/40 ZR18 99Y (atrás) ou 255/35 ZR19 92Y (frente) e 275/35 ZR19 100Y (atrás).
Em suma, parafraseando a famosa frase de George Orwell, os BMW série 3 são todos iguais, mas há uns que são muito mais iguais que outros... Os BMW M3 Sedan e M4 Coupé só se distinguem por um ser uma berlina de cinco portas e o outro um coupé de três, com a berlina a custar menos 5000€ que o coupé (94.000€ e 99.000€, com caixa manual, respectivamente). A frente e a traseira são idênticas, diferindo na vista lateral, no volume da mala (480 litros contra 445 litros), no espaço interior e número de ocupantes (cinco pessoas no M3; quatro, no M4). O visual do coupé é mais desportivo, mas a mecânica, motor e desempenhos dos dois modelos, disponíveis em Junho, são iguais.
A apresentação internacional destas duas versões de um mesmo superdesportivo decorreu no Algarve e dividiu-se em duas partes: um percurso em auto-estrada e estradas do interior algarvio e alentejano e condução em pista no exigente circuito do Autódromo Internacional do Algarve. No que se refere ao programa da apresentação, só temos a lamentar não termos tido oportunidade de conduzir estes modelos num troço de auto-estrada alemã sem limite de velocidade, embora em sinuosas estradas de montanha tenhamos verificado a excelente estabilidade, bem como a resposta muito directa e imediata ao acelerador e ao volante, que possibilitam desempenhos que não se julgariam ao alcance de um condutor comum. Isto sem prejuízo do conforto que faz dos M3 e M4 excelentes estradistas.
Já em pista, embora tivéssemos sentido que o carro poderia dar muito mais do que aquilo que conseguimos extrair dele (e já foi bastante), só quando nos sentámos no lugar do pendura e fizemos um par de voltas ao circuito com o piloto português de F1 e DTM António Félix da Costa é que nos capacitámos de todas as potencialidades deste tesouro tecnológico criado pela M. E foi o próprio Félix da Costa a confessar-se surpreendido com o desempenho destes modelos: um superdesportivo vocacionado para a pista é normalmente muito desconfortável quando vai para a estrada; a um confortável estradista falta a estabilidade, a rigidez de suspensão e a resposta necessárias a um bom desempenho em pista. Pois bem, na opinião deste piloto profissional, a M conseguiu conciliar estas duas facetas opostas. Mas não se assuste quem não é piloto profissional. Qualquer condutor normal pode desfrutar do prazer de condução proporcionado por estes veículos: não há palavras para o descrever, é preciso sentarmo-nos atrás do volante. Por isso, é difícil ser-se imparcial e objectivo ao analisar as duas caras de uma mesma “bomba”.
Esta é a quinta geração do M3, no caso das carroçarias coupé e descapotável, adoptaram-se as designações M4 Coupé e M4 Cabrio. Com base no bloco de 2979cc de 6 cilindros em linha também usado no série 3 normal, a M criou um motor quase novo que substitui o anterior 4.0 V8, sendo 11cv mais potente e acelerando dos 0 aos 100 km/h em menos 0,5s. Pela primeira vez, o propulsor dos M3 e M4 não é atmosférico, sendo dotado de dois turbocompressores. A refrigeração do motor foi melhorada e este foi trabalhado em diversas vertentes para lhe aumentar a capacidade de resposta mesmo em subidas mais íngremes, onde não há perda de potência.
A direcção totalmente nova é eléctrica, com assistência variável dependendo dos modos de condução (Comfort, Sport e Sport+) e, ao contrário do habitual, com uma resposta mais directa, precisa e imediata que uma direcção electro-hidráulica. Com a caixa automática de dupla embraiagem e sete relações (+ 4050€), ambos os carros têm melhores performances e menores consumos e é possível seleccionar vários programas de funcionamento através do botão Drivelogic. Sendo (também) vocacionado para a pista, dispõe de Launch Control (arranque rápido desde parado), além de Smokey Burn Out (função que permite que as rodas patinem com o carro em movimento), Stability Clutch Control (correcção de sobreviragem) e Laptimer (tempo de volta).
A tracção é traseira, com o diferencial M de bloqueio electrónico e o eixo de transmissão reforçado com fibra de carbono em vez de metal. A fibra de carbono é igualmente usada numa peça em U que reforça o compartimento do motor e no tejadilho das duas viaturas. As ligações da carroçaria ao chassis também foram reforçadas para garantir maior estabilidade e rigidez. E até os pneus são especiais: Michelin Pilot Super Sport criados especificamente para estes carros, em dois conjuntos de medidas, 255/40 ZR18 95Y (frente) e 275/40 ZR18 99Y (atrás) ou 255/35 ZR19 92Y (frente) e 275/35 ZR19 100Y (atrás).
Em suma, parafraseando a famosa frase de George Orwell, os BMW série 3 são todos iguais, mas há uns que são muito mais iguais que outros...
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BMW M3 Sedan e M4 Coupé, diferentes no visual e iguais nas boas performances