Fugas - Motores

  • Sandra Ribeiro
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Um carro recheado de soluções simples e originais

O veículo que conduzimos, como é habitual nos carros disponibilizados pelas marcas para ensaios, tinha um equipamento muito completo, como se pode ver na ficha técnica, sendo uma edição especial, Moonlight, do nível de equipamento superior, Shine. No lançamento e até fim de Setembro, a Citroën oferece a quem adquirir um C4 Cactus o nível de equipamento acima do que pagou. Isto é, quem comprar um C4 Cactus Live recebe um C4 Cactus Feel e o nível Shine é incluído pelo preço do Feel. Para além dos três níveis de equipamento e das edições de lançamento (Feel Silver e Shine Moonlight), observam-se poucos opcionais: no caso da viatura que conduzimos, só o tecto panorâmico, o estacionamento automático e uma muito recomendável roda de emergência em vez do kit de reparação de pneus de série.

No habitáculo, predominam os materiais baratos, mas o C4 Cactus é um exemplo de que mesmo com materiais menos nobres, mas bons acabamentos e um bom design, é possível criar um ambiente agradável, elegante e funcional. À frente, dois assentos confortáveis. Atrás, mesmo com o banco inteiriço, a ausência de túnel de transmissão central permite espaço e conforto para os três ocupantes. A capacidade da mala, entre 348 e 1170 litros, também é adequada a um veículo de características familiares; com formas regulares, o seu único óbice é um bordo relativamente alto, que dificulta a entrada de objectos de maiores dimensões (como malas).

BARÓMETRO

+ Design, bom equipamento de série, soluções inovadoras, economia de consumos

- Caixa semiautomática pouco reactiva, não existência de contarotações, volante só regulável em altura

 

DESTAQUES

A imagem de marca

São muitos os pormenores que diferenciam o Citroën C4 Cactus dos modelos da concorrência, mas há um que salta imediatamente à vista: os chamados Airbumps, painéis de plástico com almofadas de ar nas portas e pára-choques que protegem o carro de pequenos toques tão comuns no dia-a-dia. Esta solução simples e inovadora não só é prática (inclusive a sua substituição é menos dispendiosa que a reparação e pintura da carroçaria), como também é essencial para conferir um visual diferente a este crossover.

Mais ideias simples

As soluções inovadoras não se resumem aos Airbumps. O airbag do pendura está colocado no tecto do carro, o que permite que a abertura da tampa do porta-luvas seja para cima, o que facilita o acesso, e proporciona mais espaço para os joelhos. Os esguichos de água vêm incorporados nas escovas dos limpa-pára-brisas, uma solução que, além de tornar mais eficiente a limpeza do pára-brisas, também contribui para a redução do peso do veículo, por não haver necessidade de um depósito de líquido tão grande. O tecto panorâmico opcional também é inovador, com protecção térmica que evita que o calor absorvido pelo vidro se propague ao interior e proporciona uma filtragem de luz equivalente à dos óculos de sol de categoria 4, dispensa cortina interior (mais poupança de peso).

Caixa pouco reactiva

O veículo que conduzimos trazia de série a caixa semiautomática pilotada de seis relações do grupo PSA. É verdade que esta caixa é menos dispendiosa que, por exemplo, uma caixa de dupla embraiagem, mas não há bela sem senão: embora com nítida melhoria, permanece o efeito de “poço” característico deste tipo de caixas, uma espécie de soluço na passagem de relações que penaliza as recuperações e ultrapassagens. Mas não tem só inconvenientes: no pára-arranca citadino, associada a um sistema Start/Stop de funcionamento irrepreensível, proporciona um conforto muito superior ao de uma caixa manual.

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