Fugas - Motores

Todos iguais, todos diferentes

Por João Palma

Depois da apresentação do Toyota Aygo, o Peugeot 108 é o segundo dos três citadinos saído do projecto conjunto Toyota/PSA, seguindo-se o Citroën C1. Partilhando mecânicas, os três irmãos distinguem-se no visual e equipamentos.

O Peugeot 108 completa a renovação da gama de veículos da marca do leão (agora todos da geração 08), substituindo o datado Peugeot 107, que, tal como os seus irmãos Toyota Aygo e Citroën C1, com nove anos de idade, apresentava algumas lacunas, mormente no capítulo da segurança, apesar das melhorias de que foi alvo ao longo da sua vida. Partilhando mecânica, chassis e dimensões, os três citadinos da nova geração do projecto conjunto Toyota/PSA distinguem-se no visual e nos equipamentos.

O novo citadino da Peugeot é o segundo dos três modelos a ser apresentado, após o Toyota Aygo. Mas será o primeiro a ser comercializado em Portugal, sendo lançado na segunda quinzena de Julho, com preços a partir de 11.700€ (1.0 com 68cv, 3 portas, caixa manual de cinco velocidades e nível de equipamento Active). Com 3,47m de comprimento, 1,62m de largura, 1,46m de altura e 2,34m de distância entre eixos, tem as mesmas medidas que o Aygo e o C1. Mas nesta segunda geração, ao contrário da anterior, há diferenças marcantes no visual exterior e interior, bem como no habitáculo dos três citadinos, que se distinguem facilmente entre eles. Assim, por exemplo, apesar de todos terem uma lotação de quatro lugares, o 108 tem uma bagageira com 196 litros (780 litros com os bancos rebatidos) face aos 168 litros do Aygo.

Ao contrário do seu congénere japonês, que tem como única motorização o propulsor 1.0 tricilíndrico com 68cv de origem Toyota, o 108 também disponibiliza o motor tricilíndrico de 1199cc com 82cv de fabrico PSA. Para além da caixa manual de cinco velocidades, o propulsor de 998cc também pode vir acoplado a uma caixa manual pilotada (sem embraiagem) de cinco relações, com um custo adicional de 500€ face à caixa manual.

Também é disponibilizada uma versão eco do motor 1.0 VTi, dotada de sistema Start/Stop de paragem e arranque automático do motor. Comum aos três modelos é o facto de só haver motorizações a gasolina, porque os propulsores a gasóleo aumentariam consideravelmente o preço destes citadinos, não compensando uma eventual poupança no combustível. Até porque ambos os motores tricilíndricos a gasolina têm consumos reduzidos, afirmam as marcas.

A Peugeot aposta num upgrade qualitativo face à anterior geração, reforçado em Portugal pelo facto de só serem oferecidos os níveis médio, Active, e médio superior, Allure, não sendo à partida disponibilizado tanto o nível de entrada Access, como o superior, Féline. Com carroçarias de três e cinco portas, também há uma versão descapotável, Top!, com tecto de lona operado electricamente.

Tal como o Toyota Aygo, o Peugeot 108 foi concebido de acordo com a filosofia de um veículo premium, apostando na personalização tanto da carroçaria, com sete temas diferentes — Dressy, Diamond, Kilt, Dual (dois tons, só na berlina de 3 portas), Barcode, Tatoo e Sport —, como no interior, com três tipos de ambiente, Porcelaine, Aïkinite e Porcelaine Aïkinite, e seis tipos de estofos, incluindo um em pele. Estão ainda disponíveis packs de personalização exterior (entre 390€ e 900€) e interior (com um valor máximo de 150€), constituídos por autocolantes. No habitáculo, continuam a predominar os plásticos duros e os materiais económicos, mas há uma nítida melhoria tanto nos acabamentos como no visual.

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