Fugas - Motores

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Um mimo de carro com céu à vista

O C1 Airscape 1.2 de 82cv comercializa-se desde 12.270€, usufruindo de um já completo nível de equipamento Feel (inclui, entre outras coisas LED de iluminação diurna, volante regulável em altura, ar condicionado manual ou sistema audio MP3 com quatro altifalantes Connecting Box e comandos no volante).

No caso do carro que a Fugas conduziu, com o nível de equipamento superior Shine, o preço de venda ao público é de 14.270€. A justificar a diferença de valor, conta-rotações, jantes em liga leve de 15’’, retrovisores eléctricos com desembaciamento, volante em cabedal, painel de bordo em cinzento, base da alavanca da caixa de velocidades e embelezador do painel de bordo multimédia em preto brilhante e entradas de ar e um ecrã táctil de 7’’ com sistema Mirror Link para emparelhar com smartphones, disponibilizando no sistema de infoentretenimento do carro todas as funções daquele, incluindo o sistema de navegação. Este ecrã táctil pode incluir uma câmara de visão traseira por mais 250€.

O preço inclui a manutenção programada “Easy Drive” durante dois anos ou 40.000 quilómetros.

 

De nariz no ar

É assim que apetece andar: com um olho na estrada e outro nas nuvens. Sobretudo quando o tempo sorri. Com o tecto em lona flexível deslizante todo aberto, a sensação de espaço num carro tão pequeno consegue surpreender. Melhor: a qualquer altura conseguimos fechá-lo. E, além do accionamento ser eléctrico, funciona com o carro em andamento em velocidades até aos 120 km/h. A ajudar a ideia de espaçoso, mais na mente de quem segue à frente do que atrás, está a arrumação de todo o tablier, assim como o corte do mesmo. E, por falar em arrumos, há buraquinhos para o que é mais essencial.

Eficiente mas ruidoso

O novo tricilíndrico 1.2 PureTech faz um bom uso da potência equivalente a 82cv para se perceber que, embora leve mais de 12 segundos a acelerar dos 0 aos 100 km/h, é rápido o suficiente nas recuperações para sobreviver ao caos citadino. Além disso, os consumos observados conseguiram não ficar muito além dos anunciados: 5,6 l/100km contra 4,3 l/100km. Claro que, infelizmente, não há bela sem senão e, neste caso, o senão ganha forma no ruído atabalhoado sempre que se sente pressionado, como se fosse uma orquestra de tachos e panelas. Um aspecto a melhorar.

Acesso à mala

Num carro pequeno não se poderia esperar uma grande mala. Mas, mesmo assim, a Citroën conseguiu encontrar espaço para arrumar 196 litros na bagageira. Mas o melhor é ter atenção na altura de arrumar os pertences. O acesso nem é complicado e o portão a aproveitar o óculo traseiro não deixa de ser uma solução interessante, mas as arestas vivas do mesmo podem ser culpadas por mais um alto na cabeça. Sobretudo se houver crianças por perto.

Fácil de estacionar

Com dimensões reduzidas e uma boa brecagem, estacionar o C1 é demasiado fácil para que se sinta falta de qualquer ajuda mais tecnológica. Por isso, quando se observa a ausência de sensores tanto à frente como atrás, o facto não causa espanto. Até que se engata a marcha-atrás e no ecrã policromado surge a imagem nítida e bem definida de tudo o que se passa lá atrás. Na lista de equipamento encontramos a câmara traseira entre os opcionais. Parece desnecessário. Mas se se tiver em conta o custo do mesmo (250€) poderá ser um extra a ter em conta.

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