Desde o lançamento da 1.ª geração, em 2001, passando pela 2.ª geração em 2011, já se venderam em Portugal mais de 20.500 unidades do Jazz, o principal modelo da gama da Honda. Como é normal na vida de qualquer veículo, depois de picos em 2001 e, em menor escala em 2011, as vendas estavam a cair, tendo sido quase residuais em 2015. Com o novo Jazz, a marca japonesa pretende recuperar quota de mercado.
Como classificar este veículo do segmento B, o dos utilitários? É uma berlina de cinco portas e cinco lugares? É um pequeno monovolume? As opiniões dividem-se, mas, independentemente da classificação, o que o interessa é o que este carro pode oferecer. E as primeiras coisas que ressaltam são o excelente aproveitamento do espaço e a sua funcionalidade.
Com 3995mm de comprimento, 1694mm de largura e 1550mm de altura, o novo Jazz cresceu 95mm no comprimento (dos quais mais 40mm nos pára-choques, para maior protecção dos peões) e 30mm na distância entre eixos, que é agora de 2530mm. Em que é que isto se traduz? Em mais espaço interior. Assim, a mala, de formas regulares e de fácil acesso, tem 354 litros de capacidade, a qual, com os bancos traseiros rebatidos, cresce para 1314 litros. Mas não é tudo: só o banco do condutor é que não é rebatível, pelo que no Jazz podem transportar-se objectos com até 2480mm de comprimento. Além disso, o Jazz dispõe do Magic Seat System (bancos mágicos) da Honda: os assentos dos bancos da segunda fila levantam-se (como os das cadeiras de cinema), possibilitando o transporte de volumes com até 1248mm de altura. Na apresentação internacional do Honda Jazz, mostrava-se um carro carregado com uma prancha de surf e uma planta cujas folhas roçavam o tecto do carro.
Mas como no dia-a-dia a principal utilização do Jazz será no transporte de pessoas sublinhe-se que, dada a ausência de túnel de transmissão e o depósito de combustível se situar ao centro sob os bancos do carro, há muito espaço para cinco ocupantes no habitáculo. Aliás, o espaço para as pernas dos passageiros atrás é superior ao de alguns grandes monovolumes. A posição de condução é alta, similar à de um monovolume, facilitando a visibilidade, e a instrumentação (inspirada num cockpit segundo a marca) está disposta de modo a facilitar a sua leitura e manuseio pelo condutor. Este novo Jazz segue o conceito de design da Honda “man maximum, machine minimum” (máximo de homem, mínimo de máquina). Este conceito traduz-se na maximização do espaço para os ocupantes e pela minimização do espaço usado pelos componentes do veículo. O resultado é um carro com linhas fluidas que prima pela funcionalidade.
A plataforma sobre a qual o Jazz está construído é a nova modular também utlizada no Civic e no HR-V. A direcção e a suspensão foram melhoradas e proporcionam conforto, absorvendo as irregularidades do piso. Dada a altura do Jazz, é possível que a carroçaria possa adornar um pouco em condições de condução mais exigentes.
O utilitário japonês traz um único motor: um novo propulsor 1.3 a gasolina de 102cv, construído usando as recentes tecnologias da Honda, com consumos e emissões reduzidos, melhoria das performances e eficiência face ao anterior 1.4, cumprindo a norma Euro 6 de emissões. De série vem acoplado a uma nova caixa manual de seis velocidades, sendo as cinco primeiras mais curtas para melhor aceleração e a última mais longa para favorecer os consumos. Em opção, mas só por encomenda (1300€), está disponível a caixa CVT (de variação contínua) que também pode equipar o HR-V.