Vignale é nome de um dos primeiros carroçadores, o mestre italiano Alfred, conhecido pelas suas concepções exclusivas, e também o nome da fábrica da Ford em Valência, Espanha, onde uma equipa de artesãos se encarrega de tornar carros do dia-a-dia em veículos especiais e únicos. O modelo que estreia esta nova gama é o Mondeo, à venda em Portugal desde o Verão a partir de 43.281€ — versão híbrida de 187cv, com quatro portas e caixa automática de seis velocidades, que beneficia da actual política fiscal sobre este sistema de combustão. O diesel 2.0 de 180cv comercializa-se a partir de 47.099€.
De acordo com a marca, a gama Vignale pretende ser uma “nova experiência superior de produto e personalização”. Facto é que cada unidade é passada a pente fino — a Ford fala em “100 verificações adicionais em termos de controlo de qualidade” — e vários detalhes são mesmo tratados à lupa e à mão: caso dos bordados acolchoados hexagonais que definem os bancos. Mas não se fica por aqui.
Disponível nas configurações de quatro portas e carrinha, o Ford Vignale Mondeo apresenta-se com três motorizações. A diesel, o 2.0 TDCi desdobra-se entre a versão de 180cv, apresentando-se esta com tracção dianteira ou integral, e outra, Biturbo, de 210cv e apenas tracção dianteira. Com propulsor a gasolina, apenas o híbrido HEV que, apoiado por um motor eléctrico, debita 187cv.
Ou seja, motorizações já conhecidas do Mondeo. Afinal o conceito Vignale não assenta nas performances nem nas especificações mecânicas do carro. Antes no conforto extra proporcionado por um nível superior de equipamento e por subtis mas relevantes alterações. Um bom exemplo disto foi o exímio trabalho feito ao nível da redução do ruído num modelo que já não entrava na categoria dos barulhentos.
Para conseguir a proeza a Ford travou batalhas em quatro distintas frentes. A começar pela estreia no Vignale Mondeo do sistema Cancelamento Activo de Ruído que, recorrendo a três microfones instalados no tejadilho do carro, consegue detectar o mínimo ruído no habitáculo e emitir outro de igual frequência, através dos altifalantes do sistema de entretenimento mesmo que este esteja desligado, de forma a anular o primeiro. Depois, reforçou a utilização de espumas fono-absorventes nas rodas. A seguir, adoptou para o Vignale os vidros laminados nas janelas da frente, que ajudam a reduzir o ruído do vento, integrando-os no equipamento de série. E, por fim, adoptou uma suspensão traseira de link integral que é sinónimo de suavidade de rolamento, em particular para os passageiros traseiros, além de reduzir os níveis de ruído.
Entre as tecnologias presentes, Assistência Activa ao Estacionamento, com Estacionamento Perpendicular, Reconhecimento de Sinais de Trânsito, de série, Active City Stop, sistema que aplica a travagem automática para atenuar ou evitar uma colisão a velocidades até 40 km/h e Faróis Dinâmicos LED.
À vista, o Vignale consegue distiguir-se dos restantes Mondeo, tirando partido de apontamentos diferenciadores: grelha superior de formato hexagonal com acabamento em preto mate e contorno em alumínio polido, grelha inferior brilhante com barras cromadas, detalhes cromados nas portas, faróis de nevoeiro com friso cromado, linha de cintura cromada, jantes exclusivas de 18’’ e uma cor exclusiva: Vignale Nocciola metalizada. Já pelo interior somam-se outras regalias a começar pelos bancos. Com ajuste eléctrico em dez posições do banco do condutor com memória, os Bancos Multi-Contorno podem ser dotados com Função de Massagem de Movimento Activo, desenhados para reduzir a fadiga muscular durante viagens mais longas. O estofos são em couro acolchoado. O couro volta a brilhar no tablier pelo qual divide o protagonismo com um rádio SONY com SYNC II e um ecrã táctil de 8”. De referir ainda que a iluminação ambiente é distinta de qualquer outro Ford.