Fugas - Motores

O último Salão Automóvel de Lisboa decorreu em 2002

O último Salão Automóvel de Lisboa decorreu em 2002 Luis Ramos

Um grande stand automóvel multimarca

Por João Palma

Sete anos depois, volta a haver em Lisboa um espaço de exposição das novidades da indústria automóvel, no Salão do Automóvel e Veículo Ecológico 2015.

O Salão Internacional do Automóvel de Portugal, mais conhecido por Salão Automóvel de Lisboa, morreu em 2008, apesar da tentativa de o ressuscitar em 2011. O novo evento organizado pela Acap-Associação Automóvel de Portugal distingue-se do seu “pai” por ser um salão de concessionários das marcas de automóveis (embora estas tenham apoiado o evento). Assim, o Salão do Automóvel e Veículo Ecológico é, na realidade, um grande stand de vendas, onde todos os veículos expostos podem ser adquiridos.

Há uma coisa que se mantém: o preço proibitivo de aluguer do espaço cobrado pela FIL – um dos factores que, aliado à crise económica, ajudou a matar o anterior Salão Automóvel de Lisboa. Alguns responsáveis de marcas queixavam-se então que ficava mais caro montar um stand em Lisboa do que noutros salões internacionais automóveis de maior prestígio — a conta final, em muitos casos, ultrapassava o milhão de euros.

Neste certame, apesar da área ocupada ser mais restrita (apenas os pavilhões 1 e 2 da FIL, no Parque das Nações, em Lisboa) e de a decoração ser espartana — não há stands, apenas totens a indicar o lugar onde as diferentes marcas expõem as suas novidades num espaço aberto alcatifado —, os custos excederam em alguns casos a centena de milhar de euros.

Outro ponto negativo é o elevado preço do bilhete de entrada, 6€, isto é, 24€ para uma família de quatro pessoas com mais de dez anos (crianças até dez anos não pagam). Quer isto dizer que não vale a pena visitar o evento? Não, pelo contrário, há também muitos aspectos positivos. Apesar de não se exibirem protótipos ou veículos que ainda não estão à venda, os concessionários e as marcas preocuparam-se em mostrar as últimas novidades comercializáveis, algumas delas em estreia em Portugal. Para além disso, podem ser vistos modelos exclusivos de veículos de luxo. E como “não só de automóveis vive o homem”, também há animação para miúdos e graúdos, a cargo da ANSR (Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária) e de várias marcas de automóveis. Uma vantagem adicional são os descontos especiais para quem adquirir veículos no salão, oferecidos pela grande maioria das 32 marcas de automóveis que marcaram presença.

Sendo um salão de concessionários onde todos os veículos expostos estão à venda, é possível adquirir, por exemplo, um Ferrari F12 Berlinetta por 342.000€ ou um mais “acessível” 488 GTB por 250.000€. Nesse patamar, referência ainda para os Aston Martin Rapide (270.000€) e Vantage (170.000€), Maserati Quattroporte GT-S (198.000€) e Ghibli (89.000€), o renovado Porsche 911 (140.000€), o Range Rover HSE (119.000€), o Mercedes-AMG GT (161.000€) ou o Nissan GT-R Black Edition (133.000€). A verdade é que, mesmo para quem não tenha a bolsa tão recheada, há a oportunidade de ver “bichos” que não se encontram por aí ao virar da esquina.

Num plano mais terra-a-terra, não faltam novidades neste salão. Entre outras, por ordem alfabética, o novo Audi A4, que será lançado na segunda quinzena de Novembro (desde 39.800€), o DS4 (desde 31.000€), uma estreia dentro da estreia da DS como marca própria num salão português, o Hyundai Tucson (a lançar em Janeiro de 2106, mas já se aceitando encomendas, com preço especial de campanha desde 29.700€) e o renovado Hyundai Santa Fe (desde 45.800€), o Land Rover Discovery Sport (desde 48.000€), a nova geração do Opel Astra que acaba de ser lançada (preços desde 20.970€), o eléctrico Nissan Leaf 30 kWh, com autonomia alargada, que só chegará em Janeiro de 2016 mas para o qual já se aceitam encomendas ou o Peugeot 308 GTI (desde 41.000€).

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