Fugas - Motores

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O último Land Rover Defender

Por Público/Reuters

Produção do icónico modelo terminou esta sexta-feira ao fim de 67 anos.

O último Land Rover Defender, o clássico todo-o-terreno que convenceu até a rainha de Inglaterra, foi produzido nesta sexta-feira, em Inglaterra, pondo fim a um ciclo de 67 anos.

Eram 10h da manhã quando terminou a montagem do último exemplar deste modelo na fábrica de Solihull, perante os aplausos dos trabalhadores e o olhar curioso de muitos jornalistas, reporta a BBC.  

Originalmente desenhado para uso na agricultura, este veículo todo-o-terreno tornou-se um dos mais icónicos modelos britânicos, tendo sido vendidos mais de dois milhões de veículos desde 1948 – o cantor Paul McCartney e o actor Steve McQueen foram algumas das celebridades que não resistiram a este modelo.

A Tata, grupo indiano que comprou as marcas Jaguar e Land Rover em 2008, e tem estado a actualizar a gama Range Rover, decidiu descontinuar o Defender. “Qualquer veículo convencional já teria sido substituído várias vezes no tempo de vida do Defender”, disse à Reuters uma porta-voz da Jaguar Land Rover. “Agora temos a tecnologia, a capacidade de engenharia, de inovação e de design para evoluir o Defender”, disse a mesma fonte, acrescentando que a produção de uma unidade do Defender (que tem uma forte componente manual) demora 56 horas, o que torna a produção deste modelo mais demorada e cara do que os outros.

À BBC, outra fonte da empresa juntou mais um argumento para o fim da produção do Defender: as novas regras de emissões poluentes, que este modelo já não conseguiria cumprir.

Uma parte da fama do Defender tem a ver com alguns proprietários famosos. A rainha de Inglaterra, por exemplo, apareceu ao volante de um destes veículos em 1957, em Hyde Park, e em Melbourne, em 1977.

O primeiro modelo (conhecido como Série I) foi produzido em 1948, apenas três anos após o fim da 2.ª Guerra Mundial, quando a indústria britânica ainda estava sob racionamento. Devido à falta de aço, a carroçaria foi feita em alumínio leve.

Neil Watterson, sub-editor da revista Land Rover Owner International, argumenta que a longevidade do Defender se deve ao carácter transversal deste modelo. “Sempre foi um veículo sem classes. Tanto podia ser conduzido pelo guarda de uma propriedade como pelo dono das terras, ou o mecânico ou os bombeiros”.

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