Quando, em 1993, a coreana Kia lançou a primeira geração do Sportage, o mercado estava longe de antever o sucesso que os SUV (sport utility vehicle) viriam a ter. Mas, mais de duas décadas depois, a procura por este género de veículos é a que parece com mais propensão de crescimento. E a Kia mantém-se na corrida, agora com a quarta geração do Sportage, que se apresenta mais dinâmica e refinada, apontando para um cliente cada vez mais exigente.
Com um novo design, criado pela equipa da marca em Frankfurt e tendo por objectivo agradar ao cliente europeu, o Sportage revela linhas que pretendem evidenciar dinamismo e desportividade, ao mesmo tempo que almejam uma maior aerodinâmica. Não à toa, este é o Sportage que apresenta o melhor coeficiente de resistência ao ar, de 0,33 Cd.
Visualmente, o típico “nariz de tigre” que forma a grelha frontal está posicionado mais abaixo, tendo-se separado das ópticas. Na traseira, destaque para o spoiler alongado e para a posição rebaixada dos farolins que se ligam a toda a largura do veículo, o que faz com que o veículo pareça ainda maior do que é. No entanto, não se trata apenas de uma ilusão: o Sportage está de facto maior nesta geração, com um comprimento de 4480mm (mais 40mm) e 2670mm de distância entre eixos (mais 30mm), o que se traduz num habitáculo mais espaçoso e numa capacidade de bagagem superior ao veículo que substitui (503 litros; 1492, com os bancos rebaixados). O espaço para os passageiros também foi melhorado, com a marca a baixar o piso e a subir a posição da linha de cintura, tornando a posição de viagem mais confortável. Acrescente-se ainda a inclusão de bancos traseiros com costas reclináveis.
Para o condutor, além do investimento num banco muito fácil de regular, o que é meio caminho para uma boa posição de condução, é de valorizar o trabalho no sentido de melhorar a visibilidade, com o reposicionamento do pilar A, que separa o vidro frontal das portas dianteiras. Mas o que mais se evidencia é o salto qualitativo quer na construção quer nos acabamentos do interior do carro, sem esquecer a escolha de materiais, sobretudo nos níveis de equipamento superiores. O tablier também foi repensado e agora divide-se em duas zonas: a superior, onde se podem encontrar todas as informações relativas a todos os aspectos do veículo, com destaque para a inclusão de um ecrã táctil de 7’’, e a inferior, que se destina a controlar todas as funções do mesmo: rádio, telefone, navegação, climatização, etc.
O Sportage, que chega em Abril, apresenta-se com quatro motorizações. A gasolina, é proposto o bloco 1.6 GDi de injecção directa com 132cv e o mesmo quatro cilindros, com turbocompressor, o 1.6 T-GDi, a debitar 177cv e com um binário máximo de 265 Nm. A gasóleo, há duas soluções: o eficiente 1.7 CRDi de 115 cv, com um consumo médio anunciado de 4,6 l/100km; e o mais potente e revisto 2.0 CRDi, com 136cv e um torque de 373 Nm (consumo médio oficial de 4,9 l/100km). Todos as motorizações são 4x2 e acopladas a uma caixa manual de seis velocidades.
O veículo, no mercado nacional, é proposto com três versões de equipamento: EX para o 1.6 GDi e 1.7 CRDi; TX para o 1.7 CRDi; e GT Line para os mais potentes 1.6 T-GDi e 2.0 CRDi. Na versão base, a marca pretende oferecer já um veículo muito completo, com sensores de luz e chuva, ar condicionado automático, tecnologia Bluetooth, cruise control e jantes em liga leve. Nos capítulos da segurança e de apoios à condução, além de ABS e controlo de estabilidade electrónico, há seis airbags, assistente de arranque em subida (Hill Assist Control), assistência em descidas íngremes (Downhill Brake Control) e monitorização de pneus (Tire Pressure Monitoring System).
A versão TX acrescenta estofos com aplicações em tecido/pele, chave inteligente com botão de ignição, sensores de estacionamento (traseiros e dianteiros), luzes traseiras em LED, sistema de navegação com câmara e assistentes de máximos, de faixa de rodagem e de limite de velocidade.
Mais requintada, a versão GT Line oferece volante desportivo, cortado na base, estofos em pele, pedais em alumínio e acabamentos em preto lacado brilhante. Além disso, o carro distingue-se à frente pelas luzes de nevoeiro em LED “Ice Cube”, cuja forma, semelhante a cubos de gelo, inspira-se no cee’d GT, e atrás pela dupla ponteira de escape cromada. As jantes na versão GT Line são de 19’’, assim como na versão TX.
Os preços do Sportage, divulgados antes de terem sido anunciadas alterações ao regime fiscal, arrancam nos 27.550€ para o 1.6 GDi. A versão menos potente do diesel, o 1.7 CRDi, pode ser adquirida desde 30.050€, com equipamento EX (a versão TX custa mais 3000€). O 1.6 T-GDi custa desde 33.050€ e o 2.0 CRDi, 38.050€ — ambos apenas disponíveis com equipamento GT Line. Todas as viaturas são comercializadas com os sete anos, ou 150.000 quilómetros, de garantia de fábrica.