Fugas - Motores

Mercedes dá um passo em frente rumo a uma condução autónoma com o Classe E

Por António Xavier

O novo Classe E é um automóvel que desvenda parte do que poderá vir a ser um admirável mundo novo. Eis um carro inteligente, que pensa e reage.

O mundo pula e avança ao ritmo dos sonhos. A tecnologia é imparável e os seus avanços na concretização de alguns desses sonhos fazem com que a ficção se torne uma realidade mais depressa do que se supunha. A 10.ª geração do Mercedes-Benz Classe E, com ar de patriarca de uma família que não esconde semelhanças, estará à venda em Portugal em finais de Abril, com preços que arrancam, sem extras, nos 57.650€ para o E 200 a gasolina, e nos 58.150€ para o 220d a gasóleo.

A linhagem Mercedes-Benz está patente neste modelo que, ao primeiro olhar, parece um S mais pequeno ou um C maior. Mas, quanto a tecnologias de ponta, ele é o supra-sumo da marca de Estugarda, mostrando que é possível chegar perto de uma condução autónoma, sem que, se assim se desejar, se prescinda do prazer de condução, até porque a Mercedes-Benz estreou uma nova família de entusiasmantes motores diesel.

Este carro enche de orgulho os responsáveis pela Mercedes-Benz — uma montra de tecnologias que até supera as que estão instaladas no Classe S. Por enquanto, claro, porque depois do lançamento internacional, com pompa e circunstância, do novíssimo classe E, que decorreu em território português para centenas de jornalistas europeus, estas inovações serão por certo colocadas no seu irmão mais distinto.

Para a marca alemã este é um lançamento extraordinariamente importante, que não só desvenda novas tecnologias, como também estreia motores, usa a nova plataforma da Mercedes-Benz, concebida para os seus veículos com tracção traseira usada pela primeira vez no classe C (embora com diferentes parâmetros) e coloca o classe E exclusivamente equipado com a caixa automática de nove relações 9G-Tronic.

Um automóvel que reage de forma mais eficaz que o próprio condutor, evitando o acidente ou facilitando a condução. É um carro pensador que até lê a estrada e quase tudo o que a rodeia, como por exemplo os sinais identificadores de limite de velocidade. Para apreciar este mundo de novas tecnologias, é necessário abrir as portas do Classe E, e sentar-se ao volante. Primeiro é-se surpreendido por um painel que mais parece um enorme iPad, por onde fervilha toda a informação de que necessita. O ambiente é confortável, com o luxo a cruzar-se com as novas tecnologias: por exemplo, é possível usufruir de 64 tonalidades de luz interior que contribuem para uma viagem mais descontraída. No volante, e pela primeira vez num Mercedes-Benz, é possível comandar quase tudo o que é apresentado nos dois ecrãs digitais de óptima resolução através de um simples toque. A posição de condução é excelente, como também é o conforto proporcionado ao passageiro do lado e a dois dos três ocupantes do banco traseiro. Isto porque o túnel da transmissão dificulta o bem-estar do passageiro do meio.

A confiança que se vai ganhando com as novas tecnologias estreadas no Classe E faz com que a sua aprendizagem seja divertida e possuir uma inteligência deste tipo ao nosso serviço até dá imenso jeito. Com todos estes neurónios electrónicos ao dispor, o prazer de condução não é diminuído — pelo contrário, eles contribuem para um reforço da confiança ao volante.

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