O ano começou bem para a Opel, com o lançamento do novo Astra a dar frutos. A crítica foi-lhe benéfica, os clientes renderam-se (a marca afirma ter já mais de cem mil encomendas) e os prémios acumularam-se — um dos últimos, o título de Carro Internacional do Ano, recebido em Genebra. Por tudo isto, não é de admirar que a chegada da carrinha a Portugal, onde este tipo de carroçaria soma preferências, anime a casa alemã de Rüsselsheim.
A comercialização da Sports Tourer arranca este mês com uma nova geração — a 10.ª, se contarmos com as Kadett que a Astra substituiu — que aposta na eficiência, assente numa nova arquitectura de baixo peso e várias tecnologias e sistemas de assistência à condução pouco usuais no segmento.
Com distintas motorizações, quer a diesel quer a gasolina, e três níveis de equipamento, os preços arrancam nos 21.820 euros do 1.0 Turbo ECOTEC de 105cv.
Tal como aconteceu com a berlina, a carrinha apresenta-se com uma arquitectura compacta de baixo peso, com uma redução que pode ir até aos 190 quilos por comparação com o modelo anterior. Isto apesar de em dimensões se manter praticamente inalterada: 4702mm de comprimento, 1871mm de largura e uma altura de 1510mm. No entanto, o espaço interior tira partido da distância entre eixos de 2662mm e permite uma maior mobilidade a todos os cinco ocupantes (no banco traseiro é possível montar três cadeiras de segurança para crianças).
Também a capacidade da bagageira cresceu e apresenta agora 540 litros. Além disso, obedecendo aos critérios do que se espera de uma carrinha, a versatilidade não foi beliscada e, com os bancos rebatidos, consegue atingir uma capacidade de carga para 1630 litros.
Ainda no capítulo da arrumação, a Opel dotou a sua carrinha Astra com vários apetrechos e tecnologias com o objectivo de a tornar mais prática na sua utilização quotidiana. Em estreia no Astra, o portão traseiro pode ser aberto com um movimento de pé sob o pÁra-choques traseiro, sendo que o mesmo método pode ser usado para accionar o encerramento da mala. Além disso, o portão traseiro continua a poder ser aberto por meio de um interruptor na porta do lado do condutor ou através do comando à distância na chave. Em opção, o sistema FlexOrganizer inclui calhas laterais, redes divisórias e múltiplas possibilidades de fixação.
A par da versatilidade, a Sports Tourer pretende ser um marco no conforto, com a adopção dos novos bancos ergonómicos com certificação AgR (um organismo independente que testa a segurança e eficiência de produtos e bens), com função de massagem e ventilação. Atrás, outra coisa raramente vista em viaturas do género: os passageiros podem beneficiar de aquecimento nos dois bancos das extremidades.
No capítulo da tecnologia, a carrinha está disponível com o Opel OnStar, um serviço de conectividade e segurança fornecido pela marca, assim como com os novos sistemas de infoentretenimento IntelliLink, este já compatível com Apple CarPlay e Android Auto, e IntelliLux. Este último, assente em faróis de matriz de LED, que aumentam a visibilidade, permite conduzir sempre com os máximos ligados fora das cidades. O sistema detecta automaticamente veículos que circulem no mesmo sentido ou em sentido contrário e forma uma zona de penumbra em torno daqueles. Ou seja, ao mesmo tempo que mantém as luzes no máximo para o condutor também impede o encandeamento dos outros.
Silhueta dinâmica
Os motores disponíveis serão os mesmos da berlina e já fazem todos parte da nova geração de propulsores Opel. A gasolina a oferta vai do económico e despachado 1.0 Turbo de 105cv até ao mais feroz 1.6 Turbo de 200cv. A diesel, a receita do bloco de 1.6 litros pode ser servida com uns muito económicos 110cv ou uns mais expressivos 136cv.
A novidade reside no 1.6 BiTurbo CDTI com uma potência máxima de 160cv e um binário de 350 Nm que consegue ser atingido logo às 1500 rpm. Com dois turbocompressores (o primeiro, de geometria variável, assegura a resposta nas rotações mais baixas) e injecção directa por rampa comum, a carrinha com esta motorização reclama uma velocidade máxima de 220 km/h e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em menos de nove segundos. Os consumos, afiança a marca, ficam-se pelos 4,2 litros em circuito misto. Esta economia de consumos é conseguida recorrendo à caixa manual de seis velocidades, apoiada pelo sistema Start/Stop e por pneus de baixa resistência ao rolamento.
Esteticamente, a Sports Tourer continua a linha do irmão de cinco portas, apostando numa silhueta dinâmica que assenta na nova filosofia de design da Opel e que se traduz por “arte escultural aliada à precisão alemã”.
De referir a linha do tejadilho que, ligeiramente arqueada, alonga a carroçaria. O efeito é ainda mais pronunciado pela moldura cromada das janelas que se arrasta até à traseira.
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