Porém, não é de um milagre que se trata, mas de um veículo com as rodas bem assentes no chão. Totalmente novo face ao antecessor, de que só herda praticamente o nome, o Tiguan está de início disponível apenas com um motor diesel 2.0 TDI de 150cv e tracção dianteira, com preços desde os 38.729€ (nível de equipamento Confortline e caixa manual).
Esta é uma das versões em que os responsáveis da SIVA, a representante da Volkswagen em Portugal, apostam mais no que concerne a vendas, sendo a outra a equipada com o motor 1.6 TDI de 115cv a gasóleo, também no nível Confortline, prevista para final de Junho, tal como todas as restantes. Então, o Tiguan terá uma oferta múltipla e variada (11 versões).
A gasolina, com motor 1.4 TSI de 150cv, nível Confortline e caixa manual de seis velocidades ou caixa automática DSG de dupla embraiagem e sete relações. A gasóleo, a versão de entrada terá o motor 1.6 TDI, caixa manual e nível de equipamento Trendline (só disponível com este propulsor). Do bloco 2.0 TDI, para além da variante com 150cv (que pode trazer caixa manual ou automática), haverá mais duas, respectivamente com 190cv e 240cv. Ambas com nível de equipamento superior, Highline, só terão tracção integral e caixa automática DSG. No geral, a caixa DSG tem um acréscimo de cerca de 2200€ face à caixa manual e a tracção integral 4Motion custa mais 2300€. De sublinhar que o Tiguan, mesmo com tracção integral, é sempre classe 1 nas portagens.
Os responsáveis da Volkswagen consideram que o novo Tiguan é um SUV do segmento C premium (onde se inserem Mercedes GLA ou BMW X1). A plataforma modular transversal (MQB) em que se baseia é a MQB 2 do Passat. Ela confere ao Tiguan uma estabilidade, mormente em curvas, que é um dos pontos fortes deste SUV. Com 4486mm de comprimento, 1839mm de largura e 1632mm de altura, é mais comprido, mais largo e mais baixo que o Tiguan da primeira geração. A distância entre eixos (2681mm) também aumentou. E embora mais resistente também está mais leve, graças a novos materiais usados na construção.
Resultado: por fora um visual mais elegante e desportivo, centro de gravidade mais baixo e uma silhueta mais aerodinâmica (Cx 0.32) face ao antecessor, o que se reflecte na redução de consumos e emissões. Por dentro, além de ganho de espaço no habitáculo para os cinco ocupantes, a capacidade da mala também sobe para 615 litros (1655 litros com a segunda fila de bancos rebatidos).
A qualidade dos materiais utilizados e dos acabamentos também foi alvo de melhorias, para que o Tiguan possa ombrear com os SUV médios premium. Os bancos estão mais confortáveis e ergonómicos. No que se refere à instrumentação e conectividade, destaque para o Ecrã de Informação Activo do sistema de infoentretenimento e navegação, herdado do Passat e adaptado à instrumentação específica de um SUV.
Sendo um modelo novo, ainda não foi objecto dos teste de segurança do Euro NCAP, mas vem dotado dos sistemas de travagem automática de emergência, aviso de saída de faixa de rodagem, detecção de fadiga, capot activo para protecção de peões e de ciclistas ou cruise control adaptativo (este no nível Highline).