Fugas - Motores

Mazda ataca segmento dos familiares com diesel e coupé

Por Carla B. Ribeiro

O Mazda3 tem sido uma das maiores armas da marca nipónica. Mas nesta nova geração ainda lhe faltavam trunfos de valor para atingir o objectivo dos 2% de quota: um bloco diesel e a carroçaria coupé.

Basta um olhar de relance para os números de vendas da Mazda ao longo dos anos para perceber a importância que o Mazda3, o seu familiar médio do segmento C, tem no todo. Afinal, foi com este que a marca nipónica conseguiu atingir em Portugal o seu objectivo de deter 2% de quota de mercado, ainda antes dos anos de crise. Agora, com a introdução do tão desejado bloco diesel na nova geração do Mazda3, assim como uma nova carroçaria designada por Coupé Style, a marca espera voltar a esses registos, ao mesmo tempo que dá por terminado o ciclo da sexta geração em toda a gama.

O Mazda3, que já fazia carreira com o propulsor a gasolina 1.5 de 100cv em versão hatchback, surge a partir deste mês com o bloco turbodiesel Skyactiv-D 1.5 de 105 CV, com emissões de 99 g/km, cumprindo a norma Euro 6, e consumos médios de combustível anunciados nos 3,8 l/100 km. De sublinhar que, tirando partido da sua exploração da tecnologia chamada Skyactiv, a Mazda conseguiu apresentar um motor diesel com exactamente a mesma compressão do seu bloco a gasolina. Com uma taxa de compressão de 14,8:1 e dotado de um turbocompressor de geometria variável, o motor integra um sistema “Natural Sound Smoother” que lhe permite uma acentuada redução do ruído e da vibração, melhorando significativamente o conforto, sobretudo na condução urbana. Além disso, o facto de o bloco necessitar de menos ar para trabalhar permite emissões reduzidas de Nox, o que leva a que não seja necessário incluir sistemas de tratamento que implicam mais peso e também mais custos.

Com uma potência equivalente a 105cv, o Mazda 3 diesel chega com um torque de 270 Nm, disponível por uma larga faixa de utilização: entre as 1600 e as 2500 rotações.

O Mazda3 Skyactiv-D estará disponível com duas transmissões, ambas de seis velocidades: uma manual (Skyactiv-MT) e outra automática (Skyactiv-Drive), sendo que tanto uma como a outra pode ser gerida, de série, com o sistema i-stop, de paragem e arranque automáticos do motor.

Acoplado à caixa manual, o Mazda3 Skyactiv-D 1.5 na carroçaria hatchback acelera dos 0 aos 100 km/h em 11,0 segundos, atingindo uma velocidade máxima de 185  km/h. Com caixa automática, os valores são, respectivamente, de 11,6 segundos e 181 km/h, com consumos e emissões ligeiramente penalizados: 4,4 l/100 km e 114 g/km.

A tecnologia Skyactiv volta a dar cartas ao nível do chassis, em que a marca de Hiroshima optou por usar aços de alta resistência e ultra-alta elasticidade, o que resultou por um lado no emagrecimento do carro (pesa desde 1185 quilos) e por outro num aumento de 31 por cento na rigidez torcional para o hatchback (HB) e 28% para o Coupé Style (CS).

Mas as novidades não residem apenas sob o capot e são fáceis de identificar logo num primeiro olhar. Depois da carroçaria hatchback, o Mazda3 passa a estar disponível na carroçaria Coupé Style, ligeiramente maior em comprimento e menor em altura face ao cinco portas: com um comprimento de 4585mm e uma altura de 1450mm, mantém as mesmas quotas de habitabilidade, apresentando a mesma largura de 1795mm e a mesma distância entre eixos de 2700 mm. Já a capacidade da mala é maior: 419 litros contra os 364 do hatch.

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