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Uma aposta nos utilitários com um piscar de olho às famílias

Por Carla B. Ribeiro

No tamanho, na habitabilidade e nas soluções de arrumação parece destinado às famílias. Mas manteve as características do segmento B que lhe interessavam: pequenas motorizações a gasolina e preços que competem com os dos utilitários.

Num segmento em que tem uma agradável posição global, com o Swift, a Suzuki até poderia deixar-se ficar. Mas, em vez de se aventurar por caminhos mais concorrenciais, decidiu reinventar o conceito de utilitário, tornando-o mais familiar e ao mesmo tempo mantendo-se afastada dos preços de modelos do segmento C, o dos familiares compactos.

O novo Baleno, que rebuscou o nome do compacto da década de 1990, assume-se assim um hatchback utilitário, capaz de agradar às famílias quer pelo espaço quer pela economia que propõe: de preço e consumo. O carro está à venda a partir deste mês desde 15.447€. Mas, durante a fase de lançamento, em que beneficia de uma campanha de descontos de cerca dois mil euros, o modelo custa a partir de 13.414€.

Com 3995mm de comprimento, 1745mm de largura, 1470mm de altura e uma distância entre eixos de mais de 2520mm, o Baleno é maior em tudo face ao Swift, mas também consegue oferecer melhores quotas de habitabilidade que a maioria dos seus pares, sobretudo no que diz respeito aos passageiros traseiros — no espaço em comprimento para as pernas consegue mesmo liderar a lista de utilitários com cinco lugares. Um trunfo com o qual pretende conquistar famílias e a que acresce uma boa capacidade de carga: 355 litros (sem pneu sobresselente) que podem chegar aos 1085 litros com o rebatimento dos bancos traseiros.

Visualmente, de acordo com a marca, o Baleno apresenta “um carácter elegante, sofisticado e maturidade”. Características que advêm de um design desenvolvido sob o tema “Linhas Fluídas” que utiliza “linhas curvas e superfícies expressivas” para desenhar uma silhueta baixa e larga. No interior, encontra-se o mesmo mote no desenho do painel de instrumentos que, no nível de equipamento superior, inclui um visor a cores LCD, de 4,2 polegadas, e que disponibiliza informações do veículo a cada momento: consumos, G-force, potência e binário utilizados. Já no centro do tablier pode-se encontrar um ecrã táctil de 7 polegadas, com ligação áudio a smartphone e suporte para Apple CarPlay, e no qual poderá ser gerido o sistema de navegação ou se poderá aceder às imagens da câmara traseira.

Com a chegada do Baleno, a Suzuki também estreia na Europa uma plataforma de nova geração cujo desenvolvimento teve em vista a redução de peso, possível pela utilização de uma estrutura esquelética contínua, e, ao mesmo tempo, o aumento da rigidez, algo conseguido em cerca de 10%. Na carroçaria foi utilizado aço de alta resistência à tracção e todas as partes do veí-culo, das suspensões aos bancos, foram melhoradas no sentido desse emagrecimento. O resultado é um automóvel com menos de mil quilos — apenas a versão equipada com caixa automática ultrapassa esse valor em dez quilos.

A par do reduzido peso, a Suzuki também introduz um novo sistema híbrido SHVS que permite reduzir os consumos. Aplicado ao 1.2 Dualjet, este sistema, segundo a Suzuki, não produz um híbrido, mas antes um apoio à eficiência do motor, resultando em médias oficiais de 4,0 litros a cada cem quilómetros e em emissões de CO2 de apenas 94 g/km. Esta tecnologia utiliza um Gerador de Arranque Integrado (ISG- Integrated Starter Generator) para auxiliar o motor durante a aceleração e também para produzir electricidade através da travagem regenerativa. A energia é armazenada numa bateria de iões de lítio compacta, localizada sob o banco dianteira, e utilizada no arranque e na aceleração. Para promover a eficiência, o bloco está equipado com um sistema start and stop, de arranque e paragem automáticos do motor.

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