Uma poupança na altura de abastecer que, calcula a Opel, pode chegar aos mil euros por ano tendo por base alguém que some cerca de 25.000 quilómetros nesse mesmo período. Os mais cépticos dirão que quem opta por um citadino tem muito menos rodagem em mente. No entanto, tirando proveito da sua abordagem extremamente racional, com cinco lugares e cinco portas, e do baixo preço (desde 11.990€), o Karl tem vindo a somar preferências mesmo entre quem tenha de cumprir distâncias superiores a 50km por dia.
A versão a GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) do citadino Karl, além de constituir uma utilização mais económica que os modelos a gasolina, permite reduzir as emissões de CO2 até aos 93 gramas por quilómetro. A mistura de gases butano e propano, capaz de produzir uma combustão mais eficiente, apresenta ainda a vantagem de cortar até 80 por cento as emissões de óxidos de azoto (os famosos NOx) por comparação com a gasolina.
Para instalar o sistema a gás, que inclui um depósito e um sistema de injecção, algo que é feito integralmente na fábrica, a Opel adoptou o seu bloco tricilíndrico, o 1.0 atmosférico que já tinha sido desenvolvido a pensar também no desempenho com gás como combustível. Face aos congéneres a gasolina, o pequeno propulsor sofreu apenas a perda de dois cavalos de potência, apresentando 73cv.
Assim, com alimentação a gasolina, o Karl FlexFuel consome, afiança a marca, 4,6 l/100km e emite 106 g/km de CO2, em ciclo misto. A GPL, além da redução de emissões, o consumo fica-se pelos 5,7 l/100 km de gás. Ou seja, enquanto a gasolina cada cem quilómetros contabilizam-se em cerca de 6,30€, a mesma distância a gás é percorrida por menos de três euros.
O arranque do motor a frio é efectuado sempre a gasolina, mas assim que a temperatura de combustão estabiliza, algo que demora cerca de um minuto, passa a ser possível alternar entre os dois combustíveis. Para tal basta premir uma tecla, localizada no lado esquerdo do tablier, deixando o resto das funções a cargo da gestão electrónica que, com duas unidades de controlo, garante uma transição entre combustíveis impercepível.
Já o depósito de GPL, com capacidade de 24,8 litros, foi instalado no compartimento destinado à roda sobressalente que deixa de estar disponível como um extra. A decisão permitiu manter a capacidade de carga do Karl FlexFuel praticamente inalterada — com os bancos rebatidos chega aos 958 litros, um valor interessante para um citadino.
Tal como acontece com a restante gama Karl, a versão a gás apresenta-se equipada com um vasto número de sistemas de segurança e conforto. De série o Karl FlexFuel inclui sistemas como o ABS, o controlo de tracção TCPlus, o programa electrónico de estabilidade ESP Plus e a assistência ao arranque nas subidas (Hill Start Assist), que impede que o automóvel descaia ao arrancar num plano inclinado. Mas é possível equipar o modelo com outras valências em nome da segurança: caso do aviso de saída de faixa, associado a uma câmara dianteira, e da função de luz de curva integrada nos faróis de nevoeiro.