Fugas - Motores

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Uma carrinha despachada e amiga do ambiente

Por Carla B. Ribeiro

Tranquilidade e conforto. São estes os principais atributos deste carro. E com o sistema híbrido consegue aliar performance a poupança.

O C 300 BlueTEC Hybrid combina o propulsor diesel que também alimenta o C 250 BlueTEC a um pequeno motor eléctrico com uma potência equiparada a 27cv. Este permite o arranque tipicamente silencioso dos eléctricos (e até os primeiros metros percorridos assim como as manobras são efectuadas sem quaisquer ruídos), mas também acaba por ser responsável por uma maior poupança de combustível.

Mesmo com mais de 200cv para alimentar conseguimos manter o consumo médio nos 6,4 l/100km. Um valor acima dos 4,2 litros anunciados pela marca, mas, ainda assim, bastante animadores tendo em conta o desempenho impecável do motor sempre que solicitado. Naturalmente que tal média modesta foi obtida sem grandes devaneios e assim que os desvarios começam também o montante de combustível consumido sobe.

No entanto, toda a potência - sem esquecer o forte torque de 500 Nm disponível a uma baixíssima rotação (entre as 1600rpm e as 1800rpm) - pode ser sabiamente utilizada em prol da segurança. Num qualquer imprevisto que salte à nossa frente é fácil levar o carro para onde queremos - seja pela velocidade sempre pronta a disparar seja pela agilidade que o corpo da carrinha não despreza.

Equipada com a eficiente caixa automática de sete relações 7 G-Tronic, a C 300h Station chega com o Pack Condução Dinâmica Airmatic, cuja afinação se pode fazer facilmente na consola recorrendo a um pequeno botão. Neste é possível regular a resposta do motor ao peso do pé no acelerador, uma mais leve ou dura direcção, a velocidade de resposta da caixa automática e as suspensões, que podem privilegiar o conforto, tornando-se mais leves, ou a aderência à estrada, revelando-se mais duras.

Para o condutor, o lugar não é automaticamente adoptado como o mais confortável. Mas depois de muitos quilómetros o conforto faz-se notar na ausência de cansaço ou de dores nas costas. Além disso, ao fim de algum tempo de habituação, todos os comandos se mostram muito fáceis de usar. Já para o resto dos ocupantes o conforto é imediato assim que entram no carro - a excepção vai para quem ocupa o lugar do meio do banco traseiro devido à grande saliência do túnel central. Mas as pernas dos outros dois ocupantes ganharam espaço uma vez que na última revisão da carrinha esta cresceu em quase dez centímetros.

O maior comprimento da viatura também produziu efeitos positivos na mala, ligeiramente maior que a sua antecessora: são 490 litros que rapidamente se transformam em mais de 1500 quando se rebate a segunda fila de bancos. Além do mais, o desenho dos espaços de arrumação foram pensados no sentido de aproveitar todos e quaisquer cantinhos. O mesmo se verifica à frente em que se consegue arrumar tudo, deixando muito pouco à vista.

Ao nível da segurança, sem admirações, o classe C obteve em 2014 cinco estrelas nos testes de segurança Euro NCAP, o organismo independente que avalia a segurança dos veículos automóveis comercializados na Europa, com 92% na protecção de ocupantes adultos, 84% na das crianças, 77% na dos peões e 70% nos dispositivos auxiliares de segurança. Na versão ensaiada adivinha-se a manutenção das cinco estrelas até pela quantidade de assistentes à condução e tecnologias em prol da segurança. São os casos do sistema de alerta do cansaço do condutor, de alerta de colisão, do indicador de desgaste das pastilhas de travões dianteiros, dos pedais com função de recolha em caso de acidente e do capot de motor activo para maior protecção de peões.  

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