Desde que surgiu, em 1999, o Zafira já vendeu mais de 2,7 milhões de unidades. Talvez por isso a Opel se recuse a prescindir deste trunfo no segmento dos monovolumes compactos, transformando-o num SUV, como muitos indicavam. No lugar disso, decidiu renovar o veículo, aproximando-o dos códigos estéticos e tecnológicos da restante gama, deixando espaço em aberto para outro modelo, mais desportivo e compacto, num futuro próximo.
Com chegada prevista em Outubro, este repensado Zafira mantém todas as qualidades do modelo anterior, como é o caso do revolucionário sistema de bancos Flex7 com configuração Lounge, bancos dianteiros certificados pela agência alemã de especialistas em ergonomia AGR, porta-bicicletas FlexFix e suspensão FlexRide com amortecimento controlado electronicamente. Também o espaço interior não foi beliscado: a mala apresenta uma capacidade para 710 litros na configuração de cinco lugares (com a segunda fila rebatida, o espaço cresce para 1860 litros).
No entanto, surge com uma nova aparência, um habitáculo redesenhado que privilegia (ainda mais) o espaço, a conectividade que ainda lhe faltava e, também por isto, um tablier totalmente redesenhado.
Mas comecemos pelo exterior, sobretudo pela frente, onde o Zafira deixa cair aquilo que o aproximava do Ampera, em que as ópticas revelavam a forma de agressivos bumerangues, para se aproximar do bem-sucedido Astra. Segundo o vice-presidente da GM Europe para o Design, Mark Adams, “o desenho da frente do novo Zafira possui elementos que vêm do novo Astra” embora tenham sido evoluídos “ao nível da sofisticação”. Uma barra cromada integra agora o logótipo da Opel, servindo de elemento de ligação entre as ópticas e contribuindo para reforçar visualmente a largura do automóvel. A assinatura de ‘asa’ incorporada nas luzes diurnas é agora dupla.
O mesmo responsável considera que “o interior do novo Zafira está mais arrumado e mais amigo do utilizador”, sublinhando a adopção de “um tablier completamente novo”. De facto, houve muito botãozinho que desapareceu graças à incorporação de um novo ecrã táctil policromático de 7 polegadas, através do qual se poderá gerir a maior parte das funcionalidades, quer do carro quer do infoentretenimento. Neste capítulo há a destacar a possibilidade de equipar o Zafira com a mais recente geração IntelliLink. Dependendo do aparelho móvel e do serviço oferecido pelos operadores em cada país, explica a Opel, é possível escolher entre o R4.0 IntelliLink, que permite integrar smartphones através de Apple CarPlay e Android Auto, e o mais completo Navi 950 IntelliLink, para quem necessita de um sistema com navegação integrada.
Porém, a estrela da conectividade continua a ser o Opel OnStar, estreado no Astra e actualmente disponível em toda a gama. O sistema de conectividade, localização do carro e assistência em viagem permite manter o veículo ligado 24 horas por dia/365 dias por ano a um centro de assistência, que, no caso europeu, funciona em Luton, Inglaterra. Para aceder a este serviço basta premir um dos três botões situados por cima do pára-brisas: vermelho para emergências; azul para informações; e preto para privacidade, se o cliente quiser ocultar a localização e informações do veículo. No entanto, em caso de acidente com accionamento do airbag o utilizador não necessita sequer de carregar em qualquer botão — o carro trata de pedir ajuda sozinho. A cereja é um hotspot Wi-Fi 4G/LTE que permite a ligação de até sete dispositivos móveis à Internet. O que, no caso da Zafira, permite manter todos os ocupantes conectados.