Fugas - Motores

Suzuki lança novo S-Cross por menos de 16 mil euros

Por Maria Lopes

Melhor design, motores de menor cilindrada e mais baratos. Eis os segredos para o novo SUV da Suzuki tentar bater a concorrência num concorrido segmento.

Estilo, alguma robustez, uma condução hábil, motores eficientes e pouco ruidosos, um habitáculo confortável q.b., e um preço que compara muito bem com a concorrência – eis os ingredientes com que a Suzuki tentou cozinhar para modernizar o seu SUV médio, o S-Cross. Aparentemente, o resultado foi bastante interessante: um “jipinho” por apenas 16 mil euros.

Com dez anos, este modelo da Suzuki começou por ser apresentado como algo entre a filosofia hatchback e o conceito SUV, em 2006, lançado sob a designação SX4. Em 2013 subiu ao patamar de crossover (o SX4 S-Cross) e agora, robustecido com uma nova grelha dianteira mais quadrada, encorpada e robusta, a par de novos motores e cores modernas, o S-Cross quer assumir-se um SUV por excelência.

Na frente é tudo novo - do capot à grelha, do pára-choques aos faróis (agora de LED) –; na traseira há também grupos ópticos redesenhados e o mesmo aconteceu às jantes. Para um ar mais moderno, a Suzuki acrescentou quatro cores fortes à paleta de escolhas: o azul esfera, o cinza mineral, o castanho canyon e o vermelho energético.

Não tendo mexido no comprimento do modelo, os engenheiros aumentaram a distância entre eixos em 1,5cm (260cm), alargaram o veículo em dois centímetros (178,5cm), e subiram distância ao solo em 1,5cm (agora são 18) com a ajuda de novos pneus. A altura total (158,5cm) cresceu apenas um centímetro, deixando-o ligeiramente mais perto do Vitara. Apesar disso, há um senão: um passageiro de estatura média que viaje no banco traseiro sentirá alguma sensação de clausura porque a cabeça ficará quase a roçar o tecto.

Na oferta de motores a gasolina, a Suzuki deixou “cair” o 1.6 litros de 120cv e 156 Nm, e a oferta é agora composta pelos novos Boosterjet, ligeiramente mais ecológicos (-9% nos níveis de CO2): um 1.0 de 111cv e um 1.4 de 140cv. Como são motores mais eficientes e de menor cilindrada, o ISV baixa de cerca de 3000 euros para quase metade no caso do 1,4 litros e para apenas 352 euros no caso do 1.0. É aqui que reside a engenharia financeira para o preço final da campanha de lançamento. O preço de venda ao público do 1.0 na versão de entrada (L) é mil euros inferior ao do anterior 1.6, mas a Suzuki consegue margem para um desconto de lançamento de 2338 euros a que soma outro de 1400 euros através do financiamento da marca. Somadas as parcelas do deve e do haver, consegue-se um SUV por 15.994 euros.

O bloco 1.0L Boosterjet tem uma potência máxima de 111cv às 5500rpm e um binário de 170 Nm às 2000 rotações. A marca diz que atinge os 180km/h e que a aceleração dos zero aos 100km/h consegue-se em 11 segundos. O consumo médio anunciado é de 5,0 l/100km e as emissões de 113g/km. Já o motor 1.4 L Boosterjet de 140cv revela a sua potência máxima de 5500 rpm, atingindo um torque de 220 Nm às 1500 rotações. A velocidade máxima é de 200 km/h e o consumo médio de 5,4 l/100km.
Na oferta a gasóleo mantém-se o já conhecido turbodiesel 1.6 DDiS com 120cv e um binário de 320 Nm às 1750rpm.

Tendo em conta o que sentimos em estrada – durante apenas três dezenas de quilómetros, é certo, mas suficiente – o novo motor de entrada é um bom compromisso. Com o bloco 1.0, o S-Cross rola sem problemas em estrada aberta, é menos ruidoso do que se esperaria de um três cilindros turbocomprimido, tem poucas vibrações e recuperações bastante aceitáveis. Este motor só está disponível com tracção dianteira e caixa manual de cinco velocidades, ao passo que no 1.4 a gasolina e no 1.6 DDiS é possível escolher entre tracção dianteira ou integral. O 1.4 litros pode ter caixa manual de cinco ou seis velocidades ou automática de seis; no 1.6 litros é possível escolher entre a caixa de seis velocidades manual ou automática (DCT).

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