Fugas - Motores

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Um bonito, capaz e eficiente familiar ao gosto português

Por Carla B. Ribeiro

Um três volumes com um design ao estilo de um coupé equipado com um poupado motor diesel. O Mazda3 CS consegue reunir vários atributos que o colocam na linha da frente.

Historicamente, o Mazda3 foi o modelo com que a marca nipónica conseguiu reunir mais consenso no mercado nacional. Mesmo sem ter um sempre apetecível bloco diesel. Agora, com a introdução do bloco turbodiesel Skyactiv-D 1.5 de 105cv, coloca-se em concorrência directa com os familiares mais bem posicionados. Somando ao novo propulsor esta carroçaria designada por Coupé Style (CS), então parece ter sido encontrada a receita perfeita.

A imagem deste CS encaixa na perfeição no último ciclo de vida toda gama, assumido como o estilo Kodo, isto é, a Alma do Movimento, sublinhado por uma volumosa grelha frontal, de cinco pontos, e pela fluidez das linhas que contribuem para a eficácia aerodinâmica.

Mas é sobretudo no interior que esta linguagem conquista uma maior importância: a posição do condutor foi analisada para a mais correcta postura de condução e tudo foi pensado para que esteja sempre ao alcance do olhar de quem conduz. Certo é que, ao contrário do que acontece em muitas viaturas, aqui não há necessidade de tempo para habituação. Assim que nos sentamos ao volante sentimos que o carro foi nosso a vida inteira e tudo parece extremamente fácil de dominar: seja os movimentos da condução propriamente dita, seja a instrumentação de tudo o que nos rodeia (sistemas de segurança, de entretenimento, de informação...). Não à toa, a arquitectura do habitáculo foi desenhada de modo a criar dois compartimentos distintos: uma orientada para o condutor e uma segunda mais relaxada e ampla para o passageiro ao seu lado.

De referir ainda que o Mazda3 pode ser equipado com o sistema Active Driving Display*, um head-up display que utiliza um painel transparente montado no topo do painel de instrumentos, para projecção de informações como a velocidade, navegação e outros alertas ao condutor directamente no seu campo de visão.

Para quem segue como passageiro, seja à frente ou atrás, não falta espaço para pernas e ombros — sobretudo se o banco traseiro ficar reservado para apenas dois ocupantes (três cabem perfeitamente, mas o máximo de conforto é apenas possível com o lugar do meio vazio).

Com um comprimento de 4585mm, uma altura de 1450mm e largura de 1795 mm, sendo a distância entre eixos de 2700mm, o Mazda3 CS apresenta uma das carroçarias mais volumosas do seu segmento o que, além de trazer mais espaço para passageiros, beneficiou o espaço para bagagens, com 419 litros disponíveis no porta-malas.

Mas voltemos ao volante, o sítio onde este carro mais qualidades revela. Com uma baixa taxa de compressão e dotado de um turbocompressor de geometria variável, o motor integra um Sistema Natural Sound Smoother. Isto, associado a uma boa insonorização do habitáculo, resulta numa experiência agradavelmente pouco ruidosa, mesmo tendo em contra tratar-se de um bloco a diesel. Depois, há a ter em conta as redesenhadas suspensões — à frente, tipo MacPherson e atrás multi-link — que, não comprometendo a precisão, contribuem em muito para o conforto. Mesmo quando se tem pela frente uma viagem longa, como foi o caso.

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