Fugas - Motores

Pick-up estreia novos argumentos

Por Carla B. Ribeiro

Toda a gente está atenta ao que acontece no segmento dos SUV, mas a verdade é que há outros em que se verificam verdadeiras mexidas. É o caso das pick-up.

Depois de nos últimos anos se ter assistido a uma série de renovações (Ford Ranger, Mitsubishi L200, Nissan Navara, Toyota Hilux) e de novos lançamentos (a Fiat já apresentou a Fullback e a Renault prepara-se para avançar com a Alaskan), chegou a vez de a Isuzu lançar uma D-Max completamente repensada.

Já à venda em Portugal, a partir de 23.500€ (Cabine Simples, 4x2), a nova geração estreia um exclusivo powertrain, que alia performance a economia, viu revisto o seu design e inclui mais e melhores equipamentos. A destacar ainda o crescimento da garantia para cinco anos.

A gama da Isuzu D-Max inclui, desde o seu lançamento, três tipos de cabinas (Simples de dois lugares,  Longa de três lugares e Dupla de três ou de cinco lugares). Dependendo das versões, a pick-up pode ser servida por um sistema de tracção 4X2  ou integral — no caso do primeiro, a D-Max é Classe 1 mesmo sem Via Verde.

O powertrain, ou seja o conjunto do motor, caixa de velocidades, diferencial e eixos de transmissão, foi desenhado de raiz para este modelo. Uma operação para a qual contribuiu a experiência da marca, cujo core business passa pelos comerciais pesados, no desenvolvimento de motores a gasóleo. Assim, a Isuzu conseguiu reduzir o tamanho do motor sem comprometer a sua fiabilidade, força e capacidade de resposta. O novo propulsor é um 1.9 litros diesel, com turbo de geometria variável, com uma potência equivalente a 164cv às 3600rpm, revelando um torque máximo de 360 Nm entre as 2000 e as 2500 rotações.

Também as caixas foram melhoradas, no sentido de serem privilegiados os baixos consumos (entre 6,2 l/100km e 7,8 l/100km) e menores emissões de CO2 (163-205 g/km), existindo uma manual de seis, de relações mais curtas e com as três primeiras velocidades, assim como a marcha atrás, sincronizadas. Há ainda uma automática, desenvolvida pela Aisin, com o mesmo número de relações e que inclui o modo manual sequencial e uma nova função de aprendizagem. Isto permite que a engrenagem automática da relação se faça consoante o tipo de condução. De referir que ambas adoptam uma relação final mais reduzida (4.3) que permite não se notar o decréscimo de binário (antes era de 400 Nm).

Além de ter conseguido uma melhor relação entre eficiência e performance, a marca tornou aquele conjunto mais leve: dependendo das versões, houve um emagrecimento de 64 quilos. A consequência directa passou pelo aumento da capacidade da carga (entre 30 e 60kg), na qual já era uma referência; pelo crescimento do depósito de combustível (de 69 para 76 litros), pela inclusão de pneu suplente em toda a gama e introdução de novos equipamentos e tecnologias.

No que diz respeito à capacidade de carga, esta oscila entre os 1080 e os 1310 quilos. Já a capacidade de reboque é de 3,5 toneladas para as versões 4x4 e de 2,5 toneladas para os modelos 4X2. Valores possíveis graças à potência do motor e optimização das relações de transmissão, à resistência e estabilidade da suspensão traseira e aos travões e servofreio de grandes dimensões.

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