Os SUV estão na moda. Na Europa, desde 2010 as suas vendas quintuplicaram e em Portugal o crescimento ainda é maior, cerca de oito vezes no mesmo período, representando 19% do total de vendas dos veículos de passageiros. Por isso, a Opel vai deixar de produzir o monovolume Meriva (um tipo de carroçaria em vias de extinção), substituindo-o por um pequeno SUV, o Crossland X, um “crossover urbano” que chegará a Portugal em Junho (aceitam-se encomendas a partir de Abril).
“X”, a letra com que a Opel passa a identificar os seus SUV/crossovers, foi estreada na designação do Mokka X, campeão de vendas na Europa, mas com comercialização residual em Portugal graças à absurda norma que o classifica como classe 2 nas portagens devido a exceder em 2mm os 1,10 metros de altura do capot ao solo.
Já o Crossland X, com 4212mm de comprimento, 1765mm de largura e 1590mm de altura, será classe 1 nas portagens. Face ao Mokka X, que, apesar das suas maiores dimensões, também é um SUV compacto inserido no segmento B, o Crossland X está mais vocacionado para o asfalto e para a cidade, só dispondo de tracção dianteira.
O novo veículo da Opel já beneficia com a recente associação ao grupo PSA, utilizando a mesma plataforma dos futuros Peugeot 2008 e Citroën C3 Aircross. As motorizações são variantes dos blocos 1.2 tricilíndrico a gasolina e 1.6 de 4 cilindros a gasóleo. A versão de entrada no 1.2 é atmosférica com 81cv, médias de 5,1 l/100km e 114 g/km de CO2. Segue-se uma 1.2 turbo em 3 declinações: Ecotec de 110cv, 4,8 l/100km e 109 g/km de CO2, com a mesma potência e caixa automática (5,3 l/100km e 121 g/km de CO2) e 130cv (5,0 l/100km e 114 g/km de CO2). A gasóleo, turbodiesel com 99cv (3,8 l/100km e 99 g/km de CO2); uma versão Ecotec com 99cv, 3,6 l/100km e 93 g/km de CO2; e a variante mais potente, com 120cv e médias de consumos e emissões de, respectivamente, 4,0 l/100km e 103 g/km de CO2.
Com um visual dinâmico, elegante e moderno, podendo ter tecto panorâmico e carroçaria em dois tons, é por dentro que se evidenciam as qualidades deste pequeno crossover, justificando as razões da preferência por SUV em detrimento de monovolumes, mesmo numa condução essencialmente urbana — a maior altura ao solo e a posição elevada dos bancos proporcionam maior visibilidade e facilidade de condução. O espaço interior está muito bem aproveitado — surpreendentemente, apesar das menores dimensões, ganha em habitabilidade ao Mokka, podendo transportar cinco pessoas e tendo uma mala com capacidade para 410 a 520 litros (os bancos traseiros deslizam longitudinalmente 150mm), que, com a segunda fila de bancos rebatida, sobe para 1255 litros. O desenho do tablier e da consola, bem como a instrumentação, são muito similares aos do Mokka e do Astra: ecrã táctil de 8’’ dos sistemas de infoentretenimento Radio 4.0 IntelliLink e Navi 5.0 IntelliLink com funções Apple Car Play, Android Auto e Opel OnStar de assistência permanente. No restante equipamento, referência ainda para iluminação adaptativa LED, Head-up Display, câmara de visão traseira, dianteira Opel Eye com reconhecimento de sinais de trânsito, alerta de ângulo morto. Estima-se que os preços comecem nos 17.900€ para as versões a gasolina e nos 22.800€ nas diesel.