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Casa da Ínsua adopta título de Parador

Por Fugas

A Casa da Ínsua, unidade de cinco estrelas gerida pelo Grupo Visabeira, em Penalva do Castelo, vai integrar a rede espanhola de Paradores. A passagem dá-se a 15 de Outubro.

A Casa da Ínsua, também conhecida por Solar dos Albuquerques, foi descrita na obra Os Mais Belos Palácios de Portugal, de Júlio Gil, editada em 1992 pela Verbo, como "uma das mais belas e importantes residências portuguesas edificadas [no século XVIII]". Depois da sua gestão ter sido assumida pela Visabeira, após um acordo de cedência, o solar transformou-se numa unidade hoteleira de luxo, com uma forte componente histórica e museológica, dividindo-se por 31 quartos e cinco apartamentos (dois T2 e três T1, na Casa da Quinta), além de oferecer diferentes espaços da casa - o palácio, o claustro e a ala do arco. 

Com a conclusão do acordo entre a Visabeira e a Paradores de Turismo de Espanha, que é formalmente apresentado esta terça-feira, dia 22 de Setembro, em Madrid, com a presença do secretário de Estado do Turismo português, Adolfo Mesquita Nunes, a Casa da Ínsua torna-se no primeiro Parador fora de território espanhol.

A rede espanhola assinou um acordo que lhe permitirá guiar os destinos deste espaço que é também um museu durante dez anos. A informação sobre o hotel já se encontra disponível no site Paradores de Turismo de España, embora ainda não tenham sido abertas as reservas.

Conta a história deste hotel de charme que a casa foi mandada construir na segunda metade do séc. XVIII por Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres (1739- 1797), fidalgo da Casa Real e, mais tarde, governador e capitão-general do estado de Mato Grosso, no Brasil.

"A casa", lê-se, "é um edifício de fachada corrida e aberta para belos jardins e a antiga vila de Castendo, hoje Penalva do Castelo, cuja autoria do projecto se atribui ao arquitecto portuense José Francisco de Paiva". No entanto há indicações que as "directrizes gerais da obra tenham sido elaborados no Brasil, pelo próprio Luís de Albuquerque".

A gestão da propriedade da Casa da Ínsua, uma das casas nobres da Beira, foi fundada em meados do século XIV por João de Albuquerque e Castro, alcaide-mor de Sabugal, passou de geração em geração pelo regime de morgadio. No caso, a transmissão dos direitos sobre o património da família era feita de tios para sobrinhos varões, sendo que estes teriam como obrigação permanecer solteiros. Tudo para que o património não se diluísse, sendo repartido entre herdeiros. E, mesmo "depois de o regime de morgadio ter sido extinto, em 1863, no reinado de D. Luís I, a tradição manteve-se nas sucessivas gerações que administraram a Casa da Ínsua".

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