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Nasceu uma nova rota: da nascente à foz do Zêzere, de canoa, bicicleta ou a pé

Por Joana Guimarães

A Grande Rota do Zêzere inclui um percurso de 370 quilómetros que poderá ser feito de três formas distintas. A inauguração é a 27 de Setembro, Dia Mundial do Turismo.

A Grande Rota do Zêzere (GRZ) arranca já este fim-de-semana, com um percurso de 370 quilómetros que une a nascente à foz do rio, e que envolve um percurso que poderá ser percorrido de canoa, de bicicleta ou a pé. Pelo caminho haverá abrigos, estações para trocar de meio de transporte - ou passar a usar um - e painéis informativos.

Rui Simão, coordenador da Adxtur - Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, que organiza este trajecto, salienta o carácter moldável da rota, onde os utilizadores podem escolher onde querem começar e terminar o percurso, mas também quais os pontos de interesse que poderão visitar através de ligações feitas ao trilho, “de forma a tirar o máximo partido das potencialidades da rota, a nível histórico, cultural e ambiental”.

Os trilhos da GRZ não são novos, mas são agora articulados de forma a criar um percurso contínuo desde Covão da Ametade, na Serra da Estrela, até Constância, percorrendo toda a extensão do rio que dá o nome à rota. A dimensão do trajecto levou à necessidade de criação de infra-estruturas, nomeadamente de estações intermodais onde se poderá trocar o meio de transporte, de bicicleta para canoa, e que funcionam também como ponto inicial ou final de percurso para quem não o queira fazer na totalidade. Foram também construídos abrigos onde as pessoas poderão descansar, painéis informativos e leitores de paisagem onde os turistas “poderão ver as ocorrências de fauna e flora naquele espaço”, destaca Rui Simão.

Esta iniciativa, que partiu dos Amigos da Serra da Estrela, tem a contribuição dos 13 municípios que a rota atravessa, bem como da Adxtur – o financiamento, aliás, provém em 15% destes parceiros. Contudo, a maioria do financiamento é europeu, através do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (Provere). O investimento, segundo Rui Simão, “está aproximadamente no milhão de euros”. O projecto foi idealizado em 2008, num processo gradual que incluiu as aprovações de projecto, a negociação financeira e estudos de terreno. 

A utilização das rotas poderá ser feita de duas formas – o utilizador poderá percorrer os trilhos de forma espontânea e gratuita, ou poderá escolher um dos programas previamente estabelecidos, onde se define qual o número de dias e os trilhos que quer. Quando questionado sobre os custos, Rui Simão refere que “há vários preços para vários programas, mas se alguém escolher seis noites, com 12 refeições, o preço rondará os mil euros”. Quanto à opção gratuita, ressalva que “os trilhos são seguros, mas convém sempre avisar que se vai fazer determinado percurso. Há alguns cuidados a ter, principalmente no pico do Verão, por causa do calor, e no pico do Inverno, pela possível subida do caudal do rio”.

Esta nova rota surge numa altura em que a procura de espaços rurais e do contacto com a natureza tem aumentado, razão pela qual Rui Simão afirma: “Sabemos que em termos de oferta turística temos um projecto com uma coerência macro e o objectivo é que o impacto seja maior que a nível local”, prevendo uma grande afluência à GRZ.

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