Para assinalar da melhor forma estes 35 anos de existência, o certame apresenta várias novidades com a criação da chamada Praça do Petisco, o lançamento do Roteiro Enogastronómico do Ribatejo, a apresentação de uma nova página na Internet e a instalação de um décimo-terceiro restaurante dedicado a refeições para grupos com marcação prévia.
Criado em 1980, o Festival Nacional de Gastronomia de Santarém tem sido uma das principais bandeiras da gastronomia portuguesa. A crise económica e o “desaparecimento” da Região de Turismo do Ribatejo obrigaram, nos últimos anos, a reduzir a dimensão do certame que continua, apesar de tudo, a ser um dos mais representativos da gastronomia portuguesa. O FNG é, agora, organizado pela Viver Santarém (empresa municipal escalabitana) com o apoio da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo. Esta evolução tem levado, também, a uma progressiva aposta no aproveitamento do festival como factor de divulgação do património de Santarém e do seu potencial turístico.
Ceia da Silva, presidente da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo, realça as características que diferenciam o Festival Nacional de Gastronomia, destacando, igualmente, a importância da estruturação de produtos turísticos numa região onde a procura turística tem vindo a crescer de forma sustentada. Só no passado mês de Julho esse acréscimo de visitantes rondou os 30%, registo que Ceia da Silva considera que resulta, também, do trabalho que a Entidade Regional de Turismo a que preside tem vindo a realizar com a Câmara de Santarém, designadamente ao nível da gastronomia.
O vereador escalabitano Luís Farinha acrescentou que, nesta edição, para cada bilhete, é oferecida uma visita guiada pelo Centro Histórico de Santarém, de modo a levar as pessoas a Descobrir Santarém. Também por isso, o mote desta 35ª. Edição do FNG é “Descubra Santarém enquanto prova Portugal”. O objectivo assumido é ultrapassar os 40 mil visitantes contabilizados no festival do ano passado.
Na Casa do Campino, em pleno centro da cidade, estarão restaurantes/tasquinhas representativos das diferentes regiões do País. Novidade é a instalação de um 13º. restaurante temático, o “Lucky 13”, que apenas vai servir jantares por marcação, limitados a 50 pessoas por refeição, entregue a um chefe que não terá estrutura de residente, mas que mudará diariamente (com excepção do dia da abertura e do dia de encerramento do festival). O objectivo é que apresente uma cozinha que “tenha por base a matriz tradicional deste festival sem esquecer os novos valores da gastronomia”.
Praça dos Petiscos
Outra das novidades é uma área reservada a tasquinhas e petiscos e o reforço dos chamados agroprodutos. A Praça do Petisco vai ficar instalada no centro do claustro da Casa do Campino, com cinco tasquinhas, que visam “recuperar a tradição do Festival Nacional de Gastronomia”, servindo petiscos das diferentes regiões do País. O espaço das arcadas da Casa do Campino vai estar exclusivamente ocupado com produtores, incluindo uma área da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, que organiza o 2º. Salão Nacional do Vinho.
