Aliando memórias, conhecimentos e artefactos da comunidade piscatória local a uma componente tecnológica e interactiva, o Museu Marítimo de Sesimbra divide-se em várias salas para atravessar as diferentes temáticas associadas ao mar e à pesca, distribuindo-se pelas várias zonas do monumento histórico.
Desde a sala da memória, onde é possível consultar numa mesa de ecrã táctil dados documentais sobre pescadores e embarcações sesimbrenses desde finais do século XIX, às duas alas dedicadas às principais artes de pesca praticadas em Sesimbra ao longo dos tempos, como a popular “chincha” ou xávega, as armações à valenciana ou a técnica do palangre.
Já na sala da viagem traçam-se as rotas dos pescadores e as artes e instrumentos utilizados em cada um dos três grandes momentos na navegação: a participação de pilotos e navegadores sesimbrenses nos descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI; a navegação costeira e a navegação oceânica a partir dos anos 1960. Enquanto na sala da memória e da devoção recorda-se a forte ligação à religião, com um conjunto de peças doadas pela comunidade, como oferendas a santos como agradecimento por milagres concedidos, normalmente associados a salvamentos ou boas pescarias.
Na sala dedicada ao Parque Marinho Luiz Saldanha, um aquário virtual leva-nos numa viagem ao fundo do mar para conhecer as espécies mais comuns daquela área marítima protegida, integrada no Parque Natural da Arrábida.
O novo museu, inaugurado no Dia do Pescador (celebrado a 31 de Maio), inclui ainda uma exposição sobre o rei D. Carlos na Casa do Governador da Fortaleza e uma sala com quatro doações da população ao museu, representando quatro áreas da história recente: pesca desportiva, apanha de algas, marcenaria e indústria conserveira.
