Hattie Stewart é uma jovem ilustradora baseada em Londres, conhecida pelos chamados doodlebombs, ilustrações em que usa cores vivas para desenhar sobre fotografias. A artista esteve em Lisboa na semana anterior aos Santos Populares, a propósito da sua colaboração com a 7UP na nova campanha #FreshUpSummer, e aproveitou para passear de tuk-tuk pela cidade para tirar fotografias para o projecto.
A artista absorveu a "atmosfera eléctrica e a boa disposição de toda a gente", conta ao Fugas, mas o destaque das imagens capturadas foi para dois elementos – a água e as pessoas. "Quis fotografias que me pudessem dar muita liberdade para desenhar as minhas personagens e projectar muita interacção”, explica a ilustradora britânica.
Para criar a campanha, que pretende despertar a originalidade de cada um, Hattie visitou Lisboa, Sevilha e Madrid, onde tirou fotografias que ilustrou posteriormente. “A campanha deu-me a oportunidade de levar as minhas personagens para outra tela e foi realmente divertido, porque foi a primeira vez que usei fotografias que eu própria capturei”, conta a artista.
O conceito de “inspirar as pessoas a serem mais criativas durante os meses de Verão” foi o que chamou a atenção de Hattie para a oportunidade, uma vez que acredita que “toda a gente tem criatividade dentro de si à espera de ser libertada”. Foi assim que surgiu a ideia de “refrescar as imagens” e pôr as pessoas a olhar para elas com uma perspectiva diferente.
O desenho já é uma paixão antiga de Hattie, que começou por copiar personagens de banda desenhada quando era criança e nunca mais parou de rabiscar. “Não se pode pré-conceber como vai ficar a página no final, temos simplesmente de ver o que acontece”, diz Hattie.
Formada na Kingston University, Hattie Stewart alia a arte, a moda e a fotografia no seu trabalho, combinação que já a levou a colaborar com marcas como Marc Jacobs, Adidas e Pepsi e a desenhar em capas de influentes publicações de moda como a Vogue.
A ilustradora, que já expôs em cidades como Los Angeles, Nova Iorque e Berlim, admite que a inspiração surge das experiências da vida real. “Acho que é importante tirar um tempo para experimentar e vivenciar o mundo ou a cidade onde se vive, 'respirá-la' e vê-la com outros olhos”, conclui.
Texto editado por Bárbara Wong