Fugas - Perguntas

Pergunta

Alice Santos ,

Tenciono viajar para os Açores [S. Miguel] em Junho. Gostava de lá ficar aproximadamente uma semana e, por isso, agradeço todos os conselhos e sugestões que me possam dar (onde ficar, onde comer, o que não perder...). Obrigada. [Para responder à leitora, pedimos a ajuda de um visitante habitual dos Açores, o jornalista Carlos Pessoa, que aqui sugere um roteiro para São Miguel:]

Resposta

S. Miguel é a porta habitual de entrada no arquipélago dos Açores. Não o resume, pois as outras ilhas dispõem de argumentos que justificam plenamente a visita. Mas como o tempo não dá para tudo, a opção pela maior ilha da região acaba por ser uma boa decisão, tal é a sua extensão e diversidade do que há a ver.

Uma advertência prévia: nunca há a garantia de bom tempo e conheço bastantes pessoas que foram aos Açores em turismo e quase nunca viram o sol ou, o que é pior, apanharam mau tempo permanente. O melhor período para lá ir é entre Junho e Setembro, beneficiando de uma temperatura amena tanto do ar com o da água (cuidado com as caravelas portuguesas!).

Há os pontos turísticos incontornáveis - Lagoa das Sete Cidades, Lagoa das Furnas (aproveitar a deslocação para passear pelo Parque Terra Nostra, um dos mais fantásticos jardins botânicos de Portugal e tomar banho na piscina de água quente ferruginosa), Lagoa do Fogo. Se o topo desta última, visível de Ponta Delgada, estiver oculto pelas nuvens, não vale a pena a deslocação... Outras, menos mediáticas, não perdem nada no confronto directo - Congro, Canário ou Santiago, por exemplo.

O Nordeste, na ponta leste da ilha, é por si só um vasto programa. Enquanto a via rápida não estiver concluída, o acesso será sempre cansativo e prolongado (a estrada é perigosa!), mas o que é isso perante a magnificência das costas abruptas, dos miradouros e das florestas?

Na altura em que está a pensar ir a S. Miguel já é possível ir até à praia. Algumas sugestões: Ferraria, na costa oeste da ilha, perto de Ginetes, com água bem quente; encostadas a Ponta Delgada, as praias do Pópulo são um valor seguro; depois das Furnas, seguir para a Ribeira Quente (percurso deslumbrante) e mergulhar na água morna da praia local; na costa norte, passando a Ribeira Grande rumo a leste, as praia dos Moinhos é incontornável.

Resta Ponta Delgada é uma cidade agradável que acolhe em si monumentos e museus merecedores de descoberta. Há ainda o jardim António Borges para passear, a marina para conviver, o mercado para comprar queijos, ananás e bolos lêvedos. Para ficar a saber mais sobre os Açores, procure nas livrarias Solmar ou Gil as edições sobre a realidade regional; valem a pena.

Tudo dependendo da bolsa, há restaurantes a considerar:
Alcides (Rua Hintze Ribeiro, 67)
Delícias do Mar (Rua Medeiros de Albuquerque, 6)
Mariserra (Rua da Areia, 27, Praia das Milícias, Pópulo-S. Roque)
Cais 20 (2ª Rua do Terreiro, 41, S. Roque)
Pópulo Café (praia pequena do Pópulo, Livramento)
e Rotas da Ilha Verde (vegetariano, Rua de Pedro Homem, 49 - Ponta Delgada).
Fora de Ponta Delgada: Restaurante Garajau (Rua dos Moinhos, 9, Ribeira Quente)
O Gato Mia (Avenida Fulgêncio Ferreira Marques, 13, Ribeirinha)
e Cantinho do Cais (na estrada que liga a Ribeira Grande à vila do Nordeste, sair no desvio para S. Brás até chegar ao restaurante, à esquerda, já na povoação).

Para a noite, o melhor é consultar o guia local Yuzin, com toda a oferta de lazer na ilha.

Se depois disto ainda lhe restar energia (e tempo) para pensar em Santa Maria, há um serviço de transporte inter-ilhas a cargo da Atlânticoline, rumo às únicas praias de areia branca do arquipélago.

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