Fugas - Perguntas

Pergunta

Sara Rebelo ,

Tentei encontrar recomendações/dicas sobre viagens à Grécia nas vossas reportagens online mas não existem (ou só não encontrei). Precisava de testemunhos em relação à melhor forma de tirar o máximo partido das ilhas em 10 dias. A verdade é que estava a pensar em viajar com uma amiga até Atenas e de lá partir em busca das ilhas, sem grandes planeamentos, mas não tenho muito bem noção se é ou não fácil viajar por lá desta forma. Existem pescadores locais que façam o transporte de turistas entre ilhas nos seus barcos ou algo do género? É fácil encontrar alojamento na hora em que se chega a uma ilha? Em Agosto há demasiados turistas? A ideia era aproveitar um pouco esta onda de instabilidade que existe no país, aproveitar a diminuição de turistas na zona e ter uma maior interacção com os locais.

Resposta

Luís J. Santos

Viagens

Cara Sara, a jornalista Maria João Guimarães visitou recentemente a Grécia e prepara-se para publicar na Fugas uma reportagem sobre férias no país. Aqui, adianta-lhe algumas pistas:

É muito fácil viajar de Atenas para as ilhas gregas. A Grécia tem uma grande rede de ferries que ligam a maioria das ilhas, com vários tipos de barcos, mais baratos e mais lentos, ou mais caros e mais rápidos. Por exemplo, para uma das ilhas mais populares, Santorini, uma viagem de Atenas (ao escolher os portos, por vezes é melhor sair do porto de Piraeus, em Atenas, que tem ligação na linha verde de metro) para Santorini pode custar 60 euros.

Os percursos mais populares são nas Cíclades, para ilhas como Santorini ou Mykonos - ou para outras ilhas como Creta, que é a maior ilha grega, ou para locais menos turísticos como Chios, outra ilha grande, de onde se vê Esmirna, na Turquia. Há muitas ilhas, todas muito diferentes; ilhas grandes, pequenas, de praia, com património, ou mais conhecidas pela vida nocturna: é uma questão de fazer uma pequena pesquisa.

Por um lado, a pressão da crise e o menor número de turistas fizeram alguns hotéis descer os preços. Em Atenas isso nota-se muito na zona da praça Omonia, onde há ruas com um ambiente bastante decadente e hotéis que fecham as portas à meia noite por razões de segurança. Atenas tem tido alguns problemas de criminalidade, incluindo no centro, à noite, portanto convém escolher a zona onde se fica se o pretendido for mais do que uma visita à Acrópole antes de seguir para o ferry para as ilhas - e a capital grega, embora não tenha uma beleza clássica, tem uma série de motivos para ficar um pouco mais e ir jantar fora (os gregos, tal como os portugueses, não jantam cedo) e como as noites de verão são quentes, apetece ficar mais um pouco na rua.

Se alguns hotéis desceram os preços, o combustível é caro (os preços são semelhantes aos portugueses), e muitas estradas (não auto-estradas; estradas normais) têm várias portagens, o que encarece as viagens por terra. O aumento dos impostos também não faz com que as refeições em restaurantes sejam especialmente baratas, a não ser que se coma só um prato (e a ideia nas tavernas gregas é comer vários pequenos pratos e partilhá-los).  As bebidas são, em geral, um pouco caras, uma cerveja numa taverna pode custar 3 ou 4 euros.

Agosto não é, no entanto, a época ideal para viajar para a Grécia. O Verão é extremamente quente e há mais turistas. Ainda assim, deverá encontrar alojamento com facilidade. [Maria João Guimarães]

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VIAGENS: Ir à Grécia para aproveitar... ou ajudar

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