Fugas - Vinhos

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Monopólio, M.J.C, Casal da Azenha e outras relíquias de 1990

Em Portugal, só há outra região comparável: o Dão. E aqui o que é mesmo determinante para a longevidade dos seus vinhos é a frescura natural fornecida pela altitude. Os taninos da Tinta Roriz também dão uma ajuda, mas os vinhos do Dão não precisam de nascer tão rústicos como os da Bairrada para durarem o mesmo tempo. E isto não é apenas válido para vinhos topo de gama. Quem seria capaz de esperar 25 anos por um Duque de Viseu ou por um Grão Vasco, duas marcas de grande volume da Sogrape? Pois vale a pena. Os dois vinhos estiveram em prova e mostraram-se ainda em grande forma, cheios de frescura e delicadeza.

Nos brancos, provaram-se duas relíquias: um Monopólio, da Constantino, uma empresa de vinhos que veio a ser comprada pela Sogrape, e um Manuel José Colares, de Colares. Sem denominação de origem o primeiro, é um branco que deve resultar de um lote de vinhos do Douro com outros da Beira Interior ou do Dão, como era hábito aquela empresa fazer. É um branco já em fase descendente mas que ainda dá grande prazer a beber. Bem melhor, na nossa opinião, mostrou-se o branco de Colares, um Malvasia seco, muito salino e com uma acidez arrebatadora. Não é tão gordo como o Monopólio, mas é bastante mais fresco e impressivo.

Em prova estiveram ainda dois vinhos do Porto, um VZ Colheita e um Ferreira LBV, ambos bons. Mas este é outro campeonato e de 1990 há vintages e tawnys muito mais empolgantes e inesquecíveis.

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