Fugas - Vinhos

A ligação de Favaios ao Moscatel é tão forte que não há família que não tenha uma vinha com esta casta

A ligação de Favaios ao Moscatel é tão forte que não há família que não tenha uma vinha com esta casta Adriano Miranda

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O Moscatel de “Favaios” quer recuperar terreno a Setúbal

Mesmo rendendo menos, o Moscatel fortificado continua a ser a grande bandeira de Favaios, uma das seis Aldeias Vinhateiras do Douro (as outras são Barcos, Provesende, Salzedas, Trevões e Ucanha). O pão de trigo, cozido ainda em fornos de lenha, e a bola de carne são os outros dois ícones da terra, cuja beleza paisagística tem atraído cada vez mais turistas. A maior parte chega através da enoteca da Avessada, um projecto familiar que tem conseguido incluir Favaios no roteiro de grandes operadores turísticos com cruzeiros no Douro. Até esta altura do ano, já passaram perto de 40 mil pessoas por aquela enoteca — a maioria para fazer uma refeição — e o objectivo do seu líder, Luís de Barros, é chegar aos 100 mil visitantes anuais em 2017.

Nem todos compram vinho, mas todos levam o nome de Favaios na memória, o que ajuda a aumentar a notoriedade da terra e, a prazo, as próprias vendas. Mais turistas dão também lastro à ambição dos produtores locais de ganharem terreno a Setúbal e de conquistarem maior autonomia e reconhecimento no universo dos vinhos do Douro e Porto. O primeiro festival do Moscatel teve esse objectivo. Apesar do mau tempo, Favaios já conseguiu entrar para o Guinness, ao juntar 1009 pessoas num brinde ao Moscatel.

 

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