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    A nova imagem das conservas de atum Santa Catarina DR
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    O carapau em óleo vegetal é o ex-libris da Manná, uma marca da Conserveira do Sul DR
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    Muxama de atum na fábrica de conservas Dâmaso Vasco Célio
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    O grafismo da marca de conservas La Gondola evoca um universo retro Adriano Miranda
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    A sardinha em azeite com limão é destacada entre os vários produtos da La Gondola por Henrique Vaz Pato Joao Henriques
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    Não há grafismo mais retro que o das conservas Minerva José Fernandes
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    A ilustração moderna de Luís Mendonça distingue as conservas José Gourmet, uma marca da La Gondola DR
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    Os filetes de peixe-espada preto são o produto mais inovador da marca Nero Daniel Rocha
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    A Pinhais é a única fábrica de Matosinhos que mantém os processos de produção artesanais DR

Sete conservas de peixe portuguesas que andam nas bocas do mundo

Por Por Miguel Andrade

As conservas portuguesas têm sido notícia não só por serem casos de sobrevivência, mas também por constituírem exemplos de produtos já fabricados há várias décadas que souberam inovar e dar o salto para o mundo. O Life&Style pediu a Henrique Vaz Pato, autor do livro <em>Sol e Pesca</em> e do restaurante com o mesmo nome, e ao <em>chef</em> Akis Konstantinidis, do restaurante CAN the CAN, para escolherem as conservas que todos os portugueses deviam provar.

Quando Anthony Bourdain veio a Lisboa para gravar mais um episódio da célebre série No Reservations (que em Portugal é transmitida pela SIC Radical), em Dezembro de 2011, a par do marisco, das bifanas e das criações de alguns chefs portugueses, às tantas deu consigo num bar de conservas. O conceito do espaço, só por si inovador, é representativo de uma tendência: as conservas estão na moda. 

Tal como Bourdain, quem entra e prova as conservas portuguesas no Sol e Pesca é surpreendido. Este é um local que tem a particularidade de ter uma carta de onde se pode provar diferentes marcas e produtos em conserva. Henrique Vaz Pato, arquitecto e proprietário do espaço, foi conhecendo a indústria conserveira e, hoje, tem no bar marcas de todo o país.

Mesmo os restaurantes de fine dining usam as conservas nas suas criações. Um desses espaços é o Can the Can, no renovado Terreiro do Paço. O chef Akis Konstantinidis, que está à frente do projecto, confecciona pratos de alta cozinha com conservas.  Este foi um dos restaurantes que fez sucesso no festival Peixe em Lisboa, que decorreu entre 4 e 14 de Abril.

As conservas portuguesas até foram, recentemente, notícia em Inglaterra através da BBC News, onde se deu a conhecer o regresso de produtos portugueses com design vintage.

Apesar da crise e, ao contrário de outros sectores, a indústria de conservas aumentou as exportações em 2012. Segundo dados da Datapescas, uma publicação estatística elaborada pela Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, Portugal registou um aumento de 14,6% nas exportações de conservas, em relação a 2011, números que perpetuam a tendência positiva que se tem vindo a registar desde 2010.  

Henrique Vaz Pato aponta a “inovação e a renovação” do sector como principal causa do sucesso das marcas da indústria conserveira que persistem no mercado. “Há empresários atentos a novas tendências e ao desenvolvimento de produtos inovadores.” Já o chef Akis fala das conservas como “um produto gourmet” e sublinha que as marcas portuguesas têm “altíssima qualidade”.

Seja como aperitivo ou prato principal, estas são as sete marcas cujos produtos Henrique Vaz Pato e Akis Konstantinidis defendem. 

A fábrica de conservas Santa Catarina, da ilha de São Jorge, nos Açores, é um exemplo de perseverança e de inovação na indústria conserveira. Fundada em 1995, apesar de ter sentido dificuldades financeiras nos últimos anos, tendo mesmo registado prejuízos em 2011 e 2012, tem conseguido arrecadar reconhecimento na forma de prémios para os seus produtos. Enquanto tentava regularizar dívidas a fornecedores, no ano passado, o atum da Santa Catarina foi distinguido pela GreenPeace como tendo “o atum mais sustentável do mundo.”

Dedica-se exclusivamente às conservas de atum, capturado com linha e anzol através de uma arte de pesca tradicional conhecida como salto e vara, um método que selecciona os melhores espécimes e salvaguarda a preservação da espécie. Todas as conservas Santa Catarina têm a certificação “dolphin safe”: um exemplo de sustentabilidade.

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