O Captiva chegou ao mercado europeu em 2006 e, desde então, já atingiu a marca das 120 mil unidades vendidas. Percebe-se, portanto, que a Chevrolet não tenho alterado radicalmente um modelo de sucesso e que contribuiu para melhorar a imagem do construtor. Por fora, a alteração mais óbvia está na dianteira, com a adopção de uma grelha de maiores dimensões, à imagem do que sucede com os produtos mais recentes da marca. Destaque ainda para os espelhos retrovisores, que passam a incluir luzes de "piscas".
Já no interior, há alterações de pormenor que, no global, pretenderam aumentar a qualidade percebida. As ligações Aux-in e Bluetooth passam a ser de série e o travão de estacionamento, tornou-se eléctrico. O sistema de assistência ao arranque em subidas é também de série. No caso de unidades dotadas de sistema de navegação por GPS, o mesmo incorpora uma câmara de estacionamento traseiro e uma ligação USB. A Chevrolet melhorou também os índices de ruído, vibração e aspereza sentidos a bordo do Captiva e alterou peças da suspensão, como molas, barras estabilizadoras e casquilhos, no sentido de diminuir o adornar da carroçaria em curva e, simultaneamente, aumentar o conforto.
Mas o mais forte argumento do renovado SUV (Sports Utility Vehicle) de sete lugares da Chevrolet está no motor, que no caso do mercado português, se traduz num novo 2.2 turbodiesel com dois níveis de potência. Noutros mercados, existirão mais duas opções, a gasolina: um 2.4, quatro cilindros, com 167cv, e um 3.0 V6 com 258cv. Pensando apenas na substituição do actual motor 2.0 diesel, com 127 e 150cv, pelo novo 2.2, com 163 e 184cv, o Captiva ganha um argumento significativo para justificar um aumento de preço de 2300 euros comparando com a actual versão mais acessível.
Na gama portuguesa, o 2.2 de 163cv tem apenas tracção dianteira (noutros mercados, poderá optar-se por esta variante ou pela integral), ao passo que o 2.2 de 184cv só existe com tracção integral. O respectivo sistema é de origem japonesa e assemelha-se ao que equipa o actual Toyota RAV4. Passa automaticamente de tracção dianteira para integral (numa proporção de 50:50) assim que detecta perdas de tracção nas rodas da frente e o carro dispõe ainda de auxílio electrónico em descidas, mas não oferece a possibilidade de bloquear a tracção integral e muito menos redutoras
O novo 2.2 debita mais potência e binário do que o actual 2.0, o que garante melhores prestações. Além disso, não se nota a fraca resposta a baixa rotação de que enfermava o 2.0 de 150cv. Outra boa notícia é que os consumos baixaram 0,8 litros, comparando as versões menos potentes, ou 0,9 litros, no caso das mais potentes. E há mais um argumento importante quando chega a hora de levar o Captiva à revisão: o motor 2.2 dispõe de um filtro de partículas que não necessita de manutenção.
O propulsor 2.2 tem também a vantagem de vir associado a uma nova caixa manual de seis velocidades (cinco, anteriormente). Nos dois níveis de potência está disponível uma caixa automática, também com seis relações, que, para além de encarecer o Captiva, aumenta os consumos médios em 1,1 litros e torna o carro mais lento.
Os preços da nova gama Captiva começam nos 34.750 euros do 2.2 VCDi Seven de 163cv e vão até aos 51.600 euros do 2.2 VCDi 4x4 LTZ Automatic. Como disse João Falcão das Neves, director-geral da Chevrolet em Portugal, durante a apresentação internacional do Captiva: "Já não podemos nem queremos ser os mais baratos do mercado, mas queremos ter uma boa relação entre preço e qualidade."
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