Fugas - motores

BMW Série 5

BMW Série 5

BMW série 5, dupla eficiência germânica

Por Luís Filipe Sebastião

A tecnologia Twin Power Turbo reforçou a eficácia dos motores a gasóleo montados na série 5. Comprovamos os novos argumentos da berlina topo de gama alemã.

A BMW renovou as motorizações da série 5, que passaram a debitar mais potência e viram reduzidos os consumos de combustível e as emissões. A berlina 525d adopta agora um bloco de 2.0 litros, biturbo, com 218cv, que pode ainda beneficiar de uma eficaz transmissão automática de 8 velocidades.

As novidades na série 5 não se notam muito no exterior. As linhas do exclusivo familiar alemão continuam sóbrias, mas ocultam soluções que visam principalmente o reforço dos argumentos mecânicos e dinâmicos. Desde logo, a função Auto Start-Stop passou a estar presente de série em mais motorizações da série 5, como é o caso do bloco que equipa o 525d, dispondo de uma caixa de velocidades manual ou automática.

O sistema de arranque e de paragem automática do motor permite conter o gasto de combustível, segundo a marca, na ordem dos 20%. O valor homologado abaixo dos cinco litros será difícil de conseguir num uso quotidiano, ainda que descontraído, mas não andará muito longe dos sete a oito litros registados numa condução mista de estrada e trajectos urbanos.

Uma das novidades que permite alcançar estes valores consiste no selector dinâmico de condução, que ajusta a resposta do acelerador, a assistência da direcção e o regime de mudança de velocidades. Através de um comando na consola central, pode optar-se pelos modos Eco Pro, Comfort, Sport e Sport+, que possibilitam configurações específicas do chassis, do motor ou de ambos.

A primeira opção, que funciona até aos 120 km/h, privilegia a eficiência energética, indicando no painel de instrumentos o aumento de autonomia. Já o modo Sport+, que desliga o controlo electrónico de estabilidade (DSC), deixa tirar o máximo rendimento do motor e dos atributos dinâmicos particularmente em percursos mais sinuosos. A tracção traseira requer especial atenção em piso molhado, que pode levar a derivas inesperadas. A opcional direcção activa integral (1851€) revelou-se na unidade ensaiada uma primorosa ajuda na correcção de trajectórias mais exigentes.

O porte atlético do novo quatro cilindros de 2.0 litros também contribui para um desempenho muito aprumado (antes o 525d ostentava um 3.0 litros com piores performances e consumos). O bloco, em alumínio, dotado de duplo turbo (parte da tecnologia Twin Power Turbo), debita 218cv (o antecessor tinha 204), que se traduzem numa pujança progressiva e consistente, quer no arranque, quer em recuperações. A refinada transmissão automática de 8 velocidades, com função Steptronic, pode corresponder com maior prontidão às solicitações através das patilhas no volante.

No interior persiste a qualidade dos revestimentos e de montagem. Já a falta de forro no topo da bagageira, embora em zona pouco visível, merece nota crítica num automóvel deste patamar. Entre o equipamento opcional figurava a abertura automática da mala (600€); o sistema de navegação (2664€); a pintura metalizada (1037€); os bancos em tecido e pele (905€); o assistente de estacionamento (590€), e o Pack Innovation (2948€), que inclui diversas mordomias como as luzes bi-xénon e câmara traseira.

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