Fugas - motores

O mais potente a diesel da casa

Por João Palma

Mais potência e os mesmos consumos reduzidos, melhor estabilidade e guiabilidade, aperfeiçoamento de tecnologias existentes. O Insignia, continua a ser uma opção a ter em conta entre a oferta de veículos da gama média-alta.

O carro do segmento D da Opel, lançado em 2008 e precursor de várias tecnologias e de um novo design que foram adoptados em modelos posteriores da marca alemã da General Motors, vai receber uma evolução do bloco 2.0 CDTI. Este motor, que estará disponível nesta Primavera no sedan e na carrinha Sports Tourer do Insignia, tem dois turbos que lhe aumentam a potência para 195cv e o binário para 400 Nm, com melhoria das performances e a manutenção de baixos consumos e emissões de CO2. Os preços deste Opel Insignia 2.0 CDTI Biturbo começam nos 39.510€.

Na versão berlina, com tracção dianteira e caixa manual de 6 velocidades, a média anunciada de consumos e emissões do 2.0 Biturbo CDTI é, respectivamente, 4,9 l/100 km e 129 g/km de CO2. Na carrinha Sports Tourer, a carroçaria mais vendida em Portugal, os valores de consumos e emissões sobem para 5,1 l/100 km e 134 g/km de CO2. Com uma caixa automática de 6 relações, que custa mais 3550€, há um aumento de cerca de 1 litro aos 100 km no consumo médio e as performances são penalizadas.

Por mais 1500€, o Insignia 2.0 Biturbo pode ter tracção integral, o que melhora a estabilidade do veículo e reduz as derrapagens, mas com um acréscimo de 0,5 l/100 km nos consumos. A tracção integral com diferencial traseiro autoblocante é útil em pisos escorregadios e de baixa aderência, em especial em situações de neve, gelo ou lama na estrada.

O novo motor foi concebido para disponibilizar potência mesmo a baixas rotações. Na base está um sistema de sobrealimentação composto por dois turbos, um maior e outro mais pequeno. No arranque, funciona o menor, que às 1250 rpm já produz 320 Nm de binário. Entre as 1500 rpm e até às 2500 rpm funcionam os dois turbos e às 1750 rpm atinge-se o binário máximo de 400 Nm. A partir de 2500 rpm funciona apenas o turbo maior. Em termos práticos, isto traduz-se numa resposta rápida no arranque (dos 0 aos 100 km/h, 8,7s, no sedan, e 8,9s, na carrinha), nas recuperações e nas ultrapassagens, e uma velocidade máxima de 230 km/h para o sedan (225 km/h na carrinha), mantendo os consumos baixos, graças a melhorias na gestão do funcionamento do motor e ao sistema de paragem e arranque automático Start & Stop.

Em termos de estabilidade e guiabilidade, para além da suspensão de controlo electrónico FlexRide já existente na gama, que permite escolher o modo de condução, nos modelos com transmissão integral foi adoptado o chassis SuperSport que equipa o Insignia OPC de 325cv, com transmissão Adaptative 4x4, controlo electrónico do amortecimento, travões Brembo e suspensão dianteira HiperStrut, para maior precisão da direcção e melhor comportamento dinâmico.

Para além do motor Biturbo, o Insignia vai dispor de um novo radar colocado atrás da grelha dianteira, que permite um aperfeiçoamento do programador/regulador de velocidade adaptativo, que, para além de manter a velocidade programada, a ajusta às condições de tráfego, indicando ainda a distância para o veículo da frente, com alerta de colisão e travagem automática em caso de colisão iminente. Este radar funciona em conjugação com a câmara Opel Eye de 2.ª geração, também aperfeiçoada para melhor detecção dos sinais de trânsito (inclusive painéis luminosos de auto-estrada) e aviso de saída involuntária de faixa de rodagem.

--%>