Fugas - motores

Citroën DS3 Cabrio

Citroën DS3 Cabrio

Um descapotável, uma remodelação e motores mais eficientes na rentrée Citroën

Por Aníbal Rodrigues

No próximo Salão de Paris, a Citroën irá mostrar ao público um modelo capaz de despertar paixões: o DS3 Cabrio. Mas numa época que apela à racionalidade, haverá também a remodelação do C3 Picasso e motorizações diesel mais económicas.
A "jogar em casa", a Citroën reservou para o Salão automóvel de Paris, entre outras novidades, a revelação do novo DS3 Cabrio e do remodelado monovolume C3 Picasso, duas propostas que deverão chegar ao mercado no início do próximo ano. O começo do Outono não impedirá a marca francesa de levar ao certame parisiense - que estará aberto ao público entre os próximos dias 29 e 14 de Outubro -, o seu novo descapotável. O DS3 é menos "transformista" do que o anterior C3 Pluriel, que até tinha arcos desmontáveis, e é também mais fácil de operar. Ao ponto de ser possível fazer avançar ou recuar o tecto em lona a velocidades até 120 km/h.

Em vez de propor um descapotável mais puro, como no caso do rival Mini Cabrio, a Citroën aptou por uma solução mais próxima do que se poderia definir como um tecto de abrir gigante. Uma opção menos onerosa e semelhante à adoptada por outro dos seus concorrentes, o Fiat 500C. A revista especializada L'Automobile avança ainda com outra novidade que deverá tornar o preço do DS3 Cabrio mais concorrencial: a adopção do novo motor 1.2, a gasolina, com 3 cilindros e 82cv, que está a dar boa conta de si em modelos como o Peugeot 208. A Citroën destaca também o facto de o DS3 Cabrio manter praticamente inalteradas a habitabilidade dos seus cinco lugares e a bagageira face ao DS3 convencional. Ainda no Salão de Paris, será apresentado o concept-car DS3 Electrum que, como o próprio nome sugere, é uma versão eléctrica do DS3.

Apesar do momento difícil que atravessa, o construtor francês salienta o sucesso do DS3, que em dois anos de comercialização já vendeu 180.000 unidades. Os mais recentes DS4 e DS5 contabilizam, por enquanto, cerca de 70.000 vendas, o que totaliza mais de 250.000 carros na totalidade da gama DS, que a Citroën irá lançar na China, América Latina e Rússia.

Por seu turno, o C3 Picasso não é dos modelos mais populares em Portugal, mas em França lidera o segmento dos pequenos monovolumes. Além disso, já garantiu, só por si, o escoamento de mais de 320.000 unidades. Talvez devido a este sucesso, a Citroën apenas retocou ligeiramente o C3 Picasso, em vez de lhe aplicar alterações mais profundas. As mudanças são evidentes no pára-choques dianteiro, grelha, e no emblema da marca que agora se expande até aos faróis. Como não podia deixar de ser, o modelo passa a incluir luzes diurnas, obrigatórias no lançamento de novos automóveis. No interior, há novos revestimentos, um sistema multimédia mais completo e a possibilidade de incluir uma câmara de marcha-atrás.

Entretanto, a Citroën introduziu também melhorias no conhecido motor diesel 1.6 HDi, que proporcionarão melhores consumos e emissões. Assim, os C3 e DS3 e-HDi 90 com caixa de velocidades manual vêem o consumo, em circuito misto, passar para 3,5 l/100 km e o C4 Picasso e-HDi 110 com caixa manual pilotada e jantes de 16 polegadas para 4,6 l/100 km. Outros modelos Citroën beneficiarão destas evoluções ao longo dos próximos meses.

Entre as modificações aplicadas ao 1.6 HDi, destaque para uma nova bomba de óleo de débito variável, que permite ajustar o esforço sobre o motor ao estritamente necessário, novos óleos de motor e caixa de velocidades de baixa viscosidade, nova geração de juntas da cambota, para diminuir a força de aperto e, assim, o atrito, poli da correia do alternador redesenhada para diminuir a tensão da correia e bomba de vácuo com baixo atrito para evitar as perdas de energia.

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