1.
Terraço Itália
Supostamente turístico e “cafona”, é um dos meu lugares favoritos. Ter uma vista de 360° do 41.° andar deste edifício no centro da cidade é de tirar o fôlego. É um mar de prédios e quando o ar está limpo é possível ver as serras que rodeiam a cidade. Sentimo-nos insignificantes no meio desta selva de pedra que é São Paulo. A minha recomendação é chegar no final da tarde e acompanhar o pôr do sol até anoitecer, com um dry martini, e assistir à explosão de luzes em que a cidade se transforma.
2.
X-salada do Tião
Algo que impressiona em São Paulo é uma certa cultura norte-americana muito presente na cidade — muito mais do que as outras capitais brasileiras. E como tal, São Paulo é um paraíso para quem gosta de hambúrgueres. Desde os famosos botecos até às hamburguerias gourmet, todos são bons e os preços podem variar muito. O X-salada do Tião é o melhor da cidade. Nota: não esquecer de pedir a maionese da casa, que arrisco dizer ser uma das melhores do mundo
3.
Festa Javali
É uma das festas mais “boa onda” de São Paulo, realizada mensalmente num salão no Bairro da Liberdade, reduto histórico da imigração japonesa. Músicas dos anos 1980, disco, MPB, samba, rock e outras coisas moderninhas. A regra é “deixar o carão (sobranceria) em casa e se jogar na pista”, como por aqui dizem. O clímax da festa é marcado por uma chuva de milhares de balões e confetis que são lançados a meio da noite.
4.
Avenida Paulista
Provavelmente, representa o símbolo máximo de urbanidade que poderei atingir numa outra cultura que me é confortável. Estar no centro de uma cidade de 21 milhões de habitantes repleta de grandes avenidas e arranha-céus espelhados, como não vemos na Europa, mas com toda a sinalização, placas e anúncios em português, faz-nos sentir numa Nova Iorque de língua portuguesa . É imprescindível passar pelo vão do MASP – Museu de Arte de São Paulo. E, claro, tomar um café e passear pela livraria Cultura no Conjunto Nacional, a maior livraria que já conheci.
5.
Museu da Língua Portuguesa
Fica na Estação da Luz e é onde sinto vergonha de o meu país por não ter tido uma ideia igual e orgulho do Brasil por cuidar da minha (nossa) língua. Museu multimédia, analisa a língua em eixos como a antiguidade (a origem latina), o artístico (literatura, música), a mestiçagem (fontes culturais e linguísticas que enriquecerem o idioma) e a universalidade, que mostra como e onde a língua é falada ao redor do mundo, com mais de 200 milhões de falantes apenas no Brasil. Apesar de estar situado numa estação de comboios do início do século XX, o espaço passou por uma moderna restauração e adaptação. É hoje um dos museus mais visitados do Brasil.
