Fugas - dicas dos leitores

Laura Lopes

Praia Verde, a magia em Agosto

Por Laura Lopes

Praia Verde. Este tem sido, desde 2009, o paraíso descontraído escolhido para passar as férias com a minha família, no sotavento algarvio.

Uma vez que adoro fotografia, é o lugar ideal para capturar momentos inesquecíveis. Para qualquer lado que olhe, surgem oportunidades para guardar recordações e memórias. 

As casas são diferentes e bastante coloridas, com um belo enquadramento paisagístico, o que confere uma atmosfera alegre, onde tudo se conjuga com harmonia. Eu e a minha família, de onze pessoas, ficámos juntos numa casa. Desta forma, consolidam-se os laços familiares. Porém, existe igualmente um hotel para quem preferir.

Normalmente, ficamos durante uma semana, mas este ano foi por dez dias, que passaram a voar. A voar como se viam as gaivotas ao fim de tarde, em direcção ao majestoso pôr do sol... e ao aroma das deliciosas bolas de Berlim, que ainda se sente no ar ao final do dia. Quando saímos do mar e nos estendemos na toalha, ouvimos “Olha a bola de Berlim” e rapidamente pensamos no quão deliciosas são. Sentimos os lábios açucarados a contrastar com a pele salgada. Por entre as vozes alegres dos estrangeiros, alguns ingleses, muitos espanhóis e poucos franceses, ouvimos o barulho tranquilo e poético das ondas.

Um dos aspectos que joga a favor deste lugar é o facto de o mar ser calmo e limpo. A verdade é que, desde que lá vou, só vi a bandeira amarela uma vez. Este ano, os nadadores-salvadores, de manhãzinha, subiam sempre a bandeira verde. Por vezes, o mar parecia uma verdadeira piscina e, se estivéssemos com atenção, apercebíamo-nos de pequenos cardumes. Posso comparar, pela positiva, a Praia Verde com outras praias do Algarve através da temperatura do mar, que é mais quente, e do vento, que é muito ligeiro. A suave brisa fresca até atenua o calor.

Visto que é uma praia com um grande areal e sem rochas, recomendo andar a pé à beira-mar. É o momento perfeito para ficarmos em sintonia com o mundo e para apreciarmos bonitas conchas. Para ir de nossa casa até à praia, decidimos ser amigos do ambiente e fazer o caminho a pé. É um percurso que se faz com extrema facilidade e quem aprecia a natureza pode observar, ao percorrer o passadiço de madeira, camaleões que valorizam a biodiversidade e se apresentam com ar pacífico entre os pinheiros. Estes, com as suas frondosas copas verdes, contribuem para o nome desta praia, uma praia sem poluição e com uma admirável beleza natural.

Para aqueles que se aventuram em novas experiências culinárias, há cafés e restaurantes à escolha. Já o café onde eu e a minha família somos presença regular tem a melhor vista sobre a praia, quer de dia, quer de noite. Parece um lugar mágico. É aí que os meus primos e eu jogamos às cartas e tiramos fotos lindas. A praia Verde é muito luminosa, oferecendo a possibilidade perfeita para ler um bom livro. Apesar de movimentada, a praia tem um ambiente familiar e sossegado, com muito espaço no areal.

Tal como todos os outros anos, a minha família decidiu dividir tarefas e três dos membros, quais três mosqueteiros, que gostam de cozinhar e de se levantar cedo, foram ao mercado de Vila Real de Santo António, e por vezes de Tavira, e compraram, todos os dias, o saboroso marisco e peixe fresco. A casa em que ficámos tinha um terraço agradável com um grelhador, uma mesa de refeições e uma vista incrível para o mar. Como bons portugueses que somos, não faltou a batata, o azeite e o tomate. E, claro, o pão algarvio.

Quem gosta de sair à noite, pode frequentar a discoteca que tem DJ quase todas as noites, com festas temáticas. Há, também, numa praia próxima, a do Cabeço, um bar simpático com uma parte exterior onde podemos dançar literalmente com os pés a tocar na areia.

A praia Verde mostra que não é preciso sair do país para desfrutar das férias e ver vistas extraordinárias. Apenas duas palavras, mas no meu coração representam mais do que se pode alguma vez expressar.

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