Hammerfest, onde cheguei a meio da tarde, é uma calma e simpática cidade, que muito se orgulha de ser a cidade mais a norte do mundo. À noite, após o jantar, Hammerfest tornou-se mágica, quando começaram a surgir as primeiras auroras boreais. Era a primeira noite em toda a viagem em que conseguia ver auroras boreais, peguei no carro e afastei-me do centro da cidade, indo para a zona mais alta, longe das luzes da cidade. Durante cerca de uma hora, deslumbrei-me com a magia das luzes do Norte que apareciam no horizonte e se tornavam cada vez mais fortes, tornando única e inesquecível aquela noite.
No dia seguinte, estava na hora de voltar para Tromsø. Regressei no cruzeiro Hurtigruten, que liga Hammerfest a Tromsø em onze horas. A paisagem é única e não me cansei das horas que foram passadas no barco. A bordo a animação não parava, naquela que é considerada “a mais bela viagem do mundo”. No entanto, o melhor estava lá fora, onde o frio não intimidava a desfrutar da viagem na varanda do 9.º andar.
Chegado a Tromsø à meia-noite, ainda havia muito para explorar no dia seguinte. Visitei a Polaria — o aquário onde é possível ver espécies do Oceano Glaciar Árctico, assistir ao show de focas e ainda ser alertado para os perigos do aquecimento global —, e o teleférico de Fjellheinsen. Deu ainda para explorar o Polarmuseet, que retrata a vida no Árctico e várias expedições realizadas para atingir o Pólo Norte, bem como a Arctic Cathedral.
A viagem ao Ártico acaba onde começou, em Tromsø, com a certeza de que a Noruega é um país que nunca me pára de surpreender.