Fugas - Motores

Nuno Ferreira Santos

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Berlina familiar e económica

 

BARÓMETRO

+ Relação preço/equipamento, consumos, espaço interior

- Posição de condução; acesso à bagageira; falta de compartimentos abertos no habitáculo

 

PORMENORES

Ficar com “a criança” ao colo…
O interior é espaçoso e acomoda sem problemas cinco ocupantes, nomeadamente atrás. Porém, o volante só é regulável em altura e o banco do condutor, também regulável em altura, não baixa o suficiente, pelo que se torna difícil a quem tenha 1,80m ou mais arranjar uma posição de condução 100% confortável, ficando com o volante literalmente ao colo. Além disso, a disposição dos bancos da frente, próximos um do outro, bem como a colocação da alavanca das mudanças, fazem com que o cotovelo do condutor bata com frequência no pendura quando pretende mudar de velocidade.

É um carro familiar?
O C-Elysée é um carro de características familiares, pelo que há pormenores que, sendo importantes noutro tipo de carro, aqui são essenciais. É o caso da falta de espaços abertos no habitáculo deste carro. Na consola não há um compartimento para colocar carteira, telemóvel ou outro tipo de objectos e as bolsas das portas são pequenas e estreitas. Acresce que, havendo crianças, há sempre coisas que é preciso ter à mão (lenços de papel, pequenos brinquedos, copos, etc., etc.). Será que quem desenhou o interior deste veículo se esqueceu que ele é um carro para transportar famílias?

É grande, mas…
A bagageira, com 506 litros, é ampla e de contornos regulares. O problema é a configuração da abertura e o bordo ser alto, o que dificulta a colocação ou retirada de volumes como caixotes de cartão. Por outro lado, a inexistência de pontos de fixação faz com que, por exemplo, sacos de supermercado fiquem a “dançar” no interior e tendam a deslizar até às costas dos bancos traseiros. Pontos positivos são a possibilidade de rebatimento dos bancos traseiros, o que aumenta o espaço disponível para transportar volumes, e a existência de um pneu sobresselente sob o fundo da mala, em vez de um “moderno” kit de “reparação” de pneus.

 

Sem custos escondidos(foto ecrã no tablier)

Muitas marcas de automóveis praticam uma política de anunciar um preço x para os seus modelos, mas depois, no momento da compra, o cliente descobre que, para além das rodas, motor, banco e um volante, quase tudo o resto é pago à parte, pelo que o custo final de aquisição é x+y (sendo y um valor nada desprezível). Argumentam as marcas que assim o cliente pode personalizar o seu carro, mas, na verdade, muitas vezes essa é uma estratégia para mascarar o preço real do carro. No C-Elysée não há enganos – pouco ou muito, todo o equipamento é de série e a única opção é a pintura metalizada.

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