Será bem diferente do sDrive 35is que conduzimos recentemente em Munique e que, com 340cv e um torque de 450 Nm das 1300 às 5000 rpm, vai dos 0 aos 100km em 4,8s. Mas o novo sDrive 18i promete ir buscar uma fatia de mercado que até agora via o preço deste roadster como um entrave: o bloco de entrada, 2.0 de 4 cilindros e 156cv, é mais fraco (240 Nm entre as 1250-4400 rpm e uma aceleração dos 0 aos 100km em 7,9s), mas tem um grande trunfo: custa 43.200€, i.e., metade do valor do topo de gama.
Depois, há que ter em conta a poupança nos consumos. Até porque, naturalmente, se anda menos, gasta menos: 6,8 l/100km contra os 9,0 l/100km avançados para o sDrive 35is. E se o objectivo passa também por dar nas vistas, o efeito é o mesmo quer se conduza este roadster na versão de 6 ou 4 cilindros.
O facelift não é radical, mas é transversal a toda a gama, que inclui ainda os sDrive20i de 184cv, sDrive28i de 245cv e sDrive35i de 306cv, e marca a diferença: as ópticas, agora com faróis bixénon e servidas por luzes diurnas em LED, mostram-se tridimensionais e as entradas laterais de ar foram evidenciadas. Já a capota recolhe-se ou ergue-se em 19 segundos, numa operação possível até aos 40km/h.
A esta lista somam-se novas cores para a carroçaria – entre as quais Laranja Valencia, Prata Glaciar ou Cinzento Mineral –, novas jantes (de 17’’ ou 18’’) e revestimento interior em couro (de série nas versões 28i, 35i e 35is). É possível ainda optar por um pacote M Sport em qualquer das versões (no caso do sDrive 35is vem de série), que junta, entre outros itens, jantes de 18’’, suspensão desportiva, maiores entradas de ar laterais, assentos desportivos e volante em pele.
As novidades a sério, porém, chegam com o M6 Gran Coupé, que deverá dar entrada no mercado luso ainda este mês por uns nada modestos 162.000€. A fórmula é simples: a BMW pegou no motor que equipa o M5 – um V8 de 4.4 litros e 560cv que apresenta um torque de 680 Nm entre as 1500 e as 5750rpm – e vestiu-lhe a pele de um série 6 Grand Coupé, mas integrando toda a tecnologia desportiva da família Motorsport.
O resultado é um coupé nas linhas– ainda mais acentuadas pelo uso de um tejadilho em fibra de carbono negro –, e um sedan em espaço (o conforto para dois passageiros traseiros não é sequer beliscado e a mala acomoda 460 litros). Já no desempenho assume-se com uma forte veia desportiva: acelera dos 0 aos 100 nuns impressionantes 4,2s (e dos 0 aos 200 demora 12,7s). A velocidade máxima está limitada electronicamente aos 250km/h, mas pode ser aumentada para 305km/h com um desbloqueador de potência (2043€). Isso, porém, só poderá ser feito após a primeira revisão aos 2000km e implica um curso intensivo de condução na Alemanha (incluído no preço e excluindo transportes).
A fabricante descreve o novo modelo como “uma suprema combinação de alta performance e luxo” e logo após umas voltas é visível que não está a exagerar assim tanto. Além do mais, tudo aqui é personalizável ao mais ínfimo detalhe. Ao contrário do que se passa noutros modelos, em que o modo de condução seleccionado se reflecte em toda a dinâmica do carro, aos M é dada a possibilidade de aliar diferentes modos numa só condução. Por exemplo, uma direcção em modo desportivo a um chassis confortável; uma resposta do motor em Sport + (que desliga o EPS) a uma caixa em modo apenas Sport. Melhor: é possível memorizar dois programas diferentes e alternar entre eles à distância de um botão incrustado no volante.
