Um factor que penaliza este modelo é a sua configuração: os portugueses preferem as carrinhas às berlinas e a diferença de preços entre as duas carroçarias é reduzida – entre 500€ e 700€ consoante as motorizações e níveis de equipamento. Já o espaço não pesará na escolha: a mala da carrinha tem apenas mais 20 litros. Aliás, esta berlina tem espaço no habitáculo e volume de bagageira superiores aos de muitas carrinhas de iguais dimensões de outras marcas. Também os números dos consumos assim como as performances pesam a favor da berlina que se mostra um pouco melhor que a carrinha.
BARÓMETRO
+ Relação preço/equipamento, espaço para ocupantes e mala, economia de consumos
- Design algo incaracterístico, modelo pouco inovador face a outros veículos
PORMENORES
Uma mala enorme e pneu sobresselente
A filosofia da Škoda para os seus modelos é apresentar soluções simples para facilitar a vida aos seus utilizadores. São pequenas ideias que não implicam um grande investimento da parte do construtor, mas que funcionam. É o caso do tapete reversível no fundo da ampla bagageira (590 litros, uma referência entre veículos com as mesmas dimensões) – tecido de uma face e borracha de outra, facilmente lavável, para transportar objectos que podem sujar a mala. E sob o fundo existe um pneu sobresselente – isto é, mais uma solução simples, que em caso de furo um pouco maior, ao contrário do kit de reparação de pneus, nunca deixará os viajantes apeados à noite numa estrada deserta.
O grilinho Cri-Cri
São múltiplas as informações disponíveis, tanto no ecrã ao centro do tablier, como no pequeno visor rectangular, localizado atrás do volante, entre o velocímetro e o conta-rotações. Nesse pequeno visor, além das informações normais (dados de viagem, consumo médio e instantâneo, temperatura exterior, etc., etc.), também se apresentam sugestões ecológicas, como aviso para fechar janelas para poupar consumos quando se circula a velocidade mais elevada ou não ter o motor a funcionar por períodos mais longos com o carro parado – um verdadeiro grilinho Cri-Cri a dar bons conselhos.
É mesmo um descanso
Há ainda muitos puristas que preferem as caixas de velocidade manuais às caixas automáticas. Mas nas caixas automáticas modernas, como a muito eficiente caixa DSG de dupla embraiagem e sete relações do grupo Volkswagen que equipava o Octavia que conduzimos, as passagens de caixa são imperceptíveis, as performances praticamente idênticas às obtidas com a caixa manual e o conforto é muito maior – em situações de engarrafamentos e de pára-arranca é mesmo um descanso. E para quem quer ter mais controlo na condução, no caso da caixa DSG, a comutação manual de velocidades pode ser feita através da alavanca selectora ou com as patilhas atrás do volante.
Às vezes até é de mais...
Com 4,66m de comprimento e 1,81m de largura, o Octavia não é um carro pequeno e isso nota-se nas manobras em espaços apertados. Por isso, no nível Elegance, o pacote inclui sensores de estacionamento dianteiros e traseiros (opção nos outros níveis de equipamento). O veículo que conduzimos trazia ainda o pack opcional Parking Assistant 2.0, com sensores a 360º e estacionamento automático. Em marcha para a frente e abaixo dos 10 km/h, o sistema de assistência activa-se automaticamente se a distância de obstáculos à frente é menor que 90cm ou atrás e dos lados abaixo de 30cm. Quando se circula em ruelas estreitas com carros estacionados, por vezes é um bocado assustador ver a imagem do carro no ecrã central ladeada por riscos vermelhos, acompanhada por um sinal sonoro contínuo. Aí entra o bom senso do condutor, usando os retrovisores e ignorando os avisos.